ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

Presidente de Cuba discute acordo com representante da UE

País e bloco passaram a se reaproximar em 2016 (Foto: Sabrina Bellosi/Twitter)

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e a alta representante para a Política Externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, se reuniram pela primeira vez, durante a 73ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciada na última terça-feira, 25.

No encontro, Mogherini e Díaz-Canel discutiram o avanço do Acordo de Diálogo Político de Cooperação (PDCA), que foi assinado pelo país e pelo bloco em 2016, mas passou a vigorar somente em 2017. O acordo, porém, só começou a ser implementado de fato em maio deste ano.

Na ocasião da assinatura do acordo, Mogherini se encontrou com o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, destacando a reunião como “histórica e positiva”. Agora, pela primeira vez, a representante da UE se encontrou com o presidente cubano. Imagens do encontro foram compartilhadas nas redes sociais da União Europeia.

“Conseguimos estabelecer uma plataforma franca e respeitosa de trocas construtivas, e valorizamos essa relação”, diz a postagem feita pela assessoria de imprensa de Mogherini e compartilhada nas redes sociais da UE.

O encontro de Díaz-Canel com Mogherini mostra uma aproximação de Cuba com possíveis parceiros internacionais. Desde que assumiu a presidência, em abril deste ano, o novo chefe de Estado cubano já se reuniu com os presidentes da Espanha, Pedro Sánchez, da Argentina, Mauricio Macri, da África do Sul, Cyril Ramaphosa, do Panamá, Carlos Varela, e de Angola, João Lourenço.

Relação Cuba-UE

Em 1996, uma política chamada “Posição Comum” mantinha a União Europeia afastada de Cuba. Esse posicionamento fazia com que o bloco tivesse uma relação restritiva e unilateral com a nação caribenha.

Em 2003, a UE abriu um escritório de representação em Havana, capital de Cuba. Já em 2008, transformou o escritório em uma delegação de nível político. Porém, a aproximação bilateral só ocorreu em 2016, com a assinatura do Acordo de Diálogo Político de Cooperação. Dessa forma, Cuba, o único país latino-americano que não era contemplado com pactos com a UE, passou a ser mais próximo do bloco.

“Hoje reconhecemos que há mudanças em Cuba e queremos acompanhar essa mudança econômica e social”, disse Federica Mogherini na época. Antes da assinatura do acordo, a União Europeia vinculava uma possível relação com Cuba a “melhoras nos direitos humanos”.

O PDCA define os princípios gerais e objetivos para o relacionamento entre o país e o bloco, mas tem ênfase em três principais capítulos. O Diálogo Político, que aborda questões como direitos humanos, desarmamento, migração, drogas, etc; a Cooperação e Diálogo Político Setorial, que inclui áreas como governança, sociedade civil, desenvolvimento social e econômico, entre outras; e a Cooperação Comercial, que fala sobre os princípios, normas e outros pontos do comércio internacional.Agência Brasil

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