VERÃO EXTREMO

Onda de calor mata mais de 1,5 mil pessoas na França

Governo adotou algumas medidas preventivas para tentar conter o número de mortes (Foto: Wikimedia)

Uma forte onda de calor já causou a morte de mais de 1,5 mil pessoas na França, segundo informou a ministra da Saúde do país, Agnes Buzyn. Este é o segundo verão mais quente da história da França, com as temperaturas ficando em torno dos 40 graus.

A maior parte das vítimas é idosa. Apesar do alto número de mortes, ainda não é um dos verões mais trágicos da história da França. Em 2003, por exemplo, foram entre 15 mil e 20 mil mortes acima do normal. Enquanto isso, em 2006, foram 2 mil óbitos acima do normal e, em 2015, 3 mil.

A França ainda está aprendendo a lidar com as altas temperaturas que, segundo os meteorologistas, vão se tornar mais frequentes e longas em todo o mundo. Para tentar reduzir as temperaturas, o governo de Paris adotou o rodízio de veículos, enquanto alguns carros estão proibidos de circular. A medida é para tentar diminuir a liberação de ozônio nas ruas.

“O aquecimento do planeta é generalizado. Em todos os continentes, de norte a sul, episódios de forte calor vão se tornar cada vez mais comuns”, destacou Michel Schneider, climatologista da Méteo France.

Além do rodízio, outras medidas preventivas foram tomadas. Estradas tiveram a velocidade máxima reduzida para 20 km/h e as pessoas foram aconselhadas a utilizarem meios de transporte menos poluentes. Além das medidas no trânsito, o governo francês recomenda que as pessoas evitem sair no período da tarde, quando a onda de calor é mais intensa. Ademais, atividades físicas só são recomendadas em períodos com temperaturas mais amenas.

O governo recomendou ainda que os cidadãos não utilizem churrasqueiras ou qualquer outra forma de cozimento que use carvão ou madeira para evitar o uso de solventes. Além disso, estão sendo criados parques e espaços verdes para tentar amenizar o calor. Segundo Erwan Cordeau, encarregado de estudos sobre o clima do Instituto de Planejamento e Urbanismo da Île-de-France, várias cidades estão criando estratégias para lidar com o calor.

“Optaremos por materiais que refletem mais a luz. Por exemplo, nos tetos dos edifícios, usar tintas claras que não armazenem calor. Teremos que rever também as cores das ruas, já que o asfalto das estradas e o cimento utilizado nas calçadas são escuros”, explicou Cordeau, em entrevista à Rádio França Internacional.RFI

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