DECRETO OFICIAL
OMS retira transexuais da lista de doenças mentais
A nova classificação espera obter uma melhor aceitação social entre os transexuais (Foto: Pixabay)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a transexualidade um transtorno mental. A determinação foi publicada pela OMS na última segunda-feira, 27.
A nova classificação espera obter uma melhor aceitação social entre os transexuais e também disponibilizar recursos importantes para a saúde. Em 2018, a OMS anunciou que já pretendia retirar a transexualidade da categoria de doença mental.
Na última década, dezenas de especialistas analisaram informações científicas a fim de criar um padrão que pudesse ser utilizado por profissionais do meio da saúde em todo o mundo. Com isso, cada país precisará se adaptar à nova CID, que é uma lista de doenças, distúrbios e condições.
A OMS utiliza a incongruência de gênero para descrever as pessoas que consideram sua identidade de gênero diferente à do nascimento. Por diversos anos, as entidades LGBTs reivindicaram que a transexualidade fosse retirada da pasta de doenças mentais e fosse classificada apenas como comportamento sexual.
De acordo com Lale Say, coordenadora de Adolescentes e de Risco da OMS, o termo “foi retirado dos distúrbios de saúde porque que não era uma condição de saúde mental e deixá-la categorizada como tal, causava estigmas”.
Segundo a diretora executiva da Transgender Europe, Julie Ehrt, “este é um resultado de um tremendo esforço de ativistas trans e de diversos gêneros”.
“Eu estou extremamente feliz que a OMS concorda que a identidade de gênero não é uma doença mental. Até alguns anos atrás, remover as categorias de patologias que afetam pessoas trans da lista de transtornos mentais da CID-10 parecia impossível. Hoje, sabemos que a despatologização completa pode ser alcançada”, afirmou Julie.
Com a nova descrição, OMS afirma que o “comportamento variante de gênero e preferências por si só não são uma base” que seja capaz de diagnosticar a saúde mental de uma pessoa.
Essa não é a primeira vez que uma CDI é alterada com relação à questão de sexualidade. Em 1990, a OMS declarou que “a orientação sexual por si só não deve ser considerada um distúrbio”.
Vício em vídeogames é declarado como distúrbio
Outra modificação foi a inclusão do vício em vídeo games como uma doença mental, que já era reconhecido pela OMS desde 2018, porém, precisava ser oficialmente publicada.
Com a publicação, o transtorno ficou caracterizado devido a um padrão de comportamento de jogo “contínuo ou recorrente”. A OMS estima que entre 2% a 3% dos jogadores de videogames tenham comportamentos abusivos, mas ressalta que ainda faltam dados empíricos para o caso.
Segundo o diretor do departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, Shekhar Saxena, o fato de jogar videogames não é algo nocivo, assim como ingerir álcool, por exemplo. Saxena afirma que o problema ocorre quando o consumo é altamente abusivo, modificando o comportamento da pessoa.
“Se a criança, adolescente ou adulto que joga faz isso sem parar e deixa de sair com seus amigos, deixa de fazer atividades com seus pais, se isola, não estuda, não dorme e só quer jogar, esses são sinais de alerta de que poderia ter um comportamento aditivo e que precisa procurar ajuda”, afirmou Saxena.CNN
A nova classificação espera obter uma melhor aceitação social entre os transexuais (Foto: Pixabay)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a transexualidade um transtorno mental. A determinação foi publicada pela OMS na última segunda-feira, 27.
A nova classificação espera obter uma melhor aceitação social entre os transexuais e também disponibilizar recursos importantes para a saúde. Em 2018, a OMS anunciou que já pretendia retirar a transexualidade da categoria de doença mental.
Na última década, dezenas de especialistas analisaram informações científicas a fim de criar um padrão que pudesse ser utilizado por profissionais do meio da saúde em todo o mundo. Com isso, cada país precisará se adaptar à nova CID, que é uma lista de doenças, distúrbios e condições.
A OMS utiliza a incongruência de gênero para descrever as pessoas que consideram sua identidade de gênero diferente à do nascimento. Por diversos anos, as entidades LGBTs reivindicaram que a transexualidade fosse retirada da pasta de doenças mentais e fosse classificada apenas como comportamento sexual.
De acordo com Lale Say, coordenadora de Adolescentes e de Risco da OMS, o termo “foi retirado dos distúrbios de saúde porque que não era uma condição de saúde mental e deixá-la categorizada como tal, causava estigmas”.
Segundo a diretora executiva da Transgender Europe, Julie Ehrt, “este é um resultado de um tremendo esforço de ativistas trans e de diversos gêneros”.
“Eu estou extremamente feliz que a OMS concorda que a identidade de gênero não é uma doença mental. Até alguns anos atrás, remover as categorias de patologias que afetam pessoas trans da lista de transtornos mentais da CID-10 parecia impossível. Hoje, sabemos que a despatologização completa pode ser alcançada”, afirmou Julie.
Com a nova descrição, OMS afirma que o “comportamento variante de gênero e preferências por si só não são uma base” que seja capaz de diagnosticar a saúde mental de uma pessoa.
Essa não é a primeira vez que uma CDI é alterada com relação à questão de sexualidade. Em 1990, a OMS declarou que “a orientação sexual por si só não deve ser considerada um distúrbio”.
Vício em vídeogames é declarado como distúrbio
Outra modificação foi a inclusão do vício em vídeo games como uma doença mental, que já era reconhecido pela OMS desde 2018, porém, precisava ser oficialmente publicada.
Com a publicação, o transtorno ficou caracterizado devido a um padrão de comportamento de jogo “contínuo ou recorrente”. A OMS estima que entre 2% a 3% dos jogadores de videogames tenham comportamentos abusivos, mas ressalta que ainda faltam dados empíricos para o caso.
Segundo o diretor do departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, Shekhar Saxena, o fato de jogar videogames não é algo nocivo, assim como ingerir álcool, por exemplo. Saxena afirma que o problema ocorre quando o consumo é altamente abusivo, modificando o comportamento da pessoa.
“Se a criança, adolescente ou adulto que joga faz isso sem parar e deixa de sair com seus amigos, deixa de fazer atividades com seus pais, se isola, não estuda, não dorme e só quer jogar, esses são sinais de alerta de que poderia ter um comportamento aditivo e que precisa procurar ajuda”, afirmou Saxena.CNN
Comentários
Postar um comentário