MEDIDA DE PUNIÇÃO

Al Jazeera suspende jornalistas por negarem o Holocausto

Críticas nas redes sociais apontavam antissemitismo no vídeo da emissora catari (Foto: Al Jazeera/Facebook)

A emissora Al Jazeera, do Catar, suspendeu dois de seus jornalistas por um vídeo compartilhado nas redes sociais da emissora sobre o Holocausto. No vídeo, os jornalistas negavam fatos do Holocausto.

O vídeo foi publicado no canal AJ+, na última sexta-feira, 17. No conteúdo, os jornalistas questionam o número de 6 milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial, afirmando que a narrativa foi adotada pelo movimento sionista. Em seguida, perguntam por que “o foco está só neles [judeus]?”.

“As câmaras de gás mataram milhões de judeus… é o que diz a história. Qual é a verdade sobre o Holocausto e como é que o movimento Sionista beneficiou dele?”, dizia a postagem da Al Jazeera. O texto e o vídeo foram publicados em árabe. No entanto, quando foi traduzido para inglês pelo Middle East Media Research Institute (Memri), milhares de pessoas criticaram a emissora.

As principais críticas apontavam o antissemitismo no vídeo da AJ+. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Emmanuel Nahshon, acusou a emissora de estar fazendo “lavagem cerebral” em jovens árabes, instigando o ódio contra Israel e os judeus.

No último sábado, 18, a Al Jazeera usou as redes sociais para informar que o vídeo havia sido excluído por violar “padrões editoriais da rede”. Nahshon, por sua vez, respondeu, afirmando que o “vídeo que nega o Holocausto nem deveria ter sido produzido”. Em seguida, o ministro israelense escreveu: “Bom que você apagou”.

Através de um comunicado, compartilhado no último domingo, 19, a Al Jazeera afirmou que nunca deixou de reconhecer os erros cometidos, revelando ainda que tomou medidas disciplinares e suspendeu os dois jornalistas. Ademais, revelou que o fluxo de trabalho está sendo revisado.

“A Al Jazeera continua a seguir os valores jornalísticos de honestidade, coragem, justiça, equilíbrio, independência, credibilidade e diversidade, não dando prioridade à consideração comercial ou política sobre a profissional. Além disso, a rede reconhece a diversidade nas sociedades com todas as raças, culturas, crenças e seus valores e individualidades intrínsecas”, apontou através da nota. DW

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