CRISE POLÍTICA - Boatos atiçam o movimento pró-intervenção militar
Ministro da Defesa se reuniu nesta sexta-feira com o presidente Temer (Foto: Flickr)
Na sexta-feira, 19, o combalido presidente da República, Michel Temer, teve apenas um compromisso oficial em sua agenda: um encontro, ainda pela manhã, com o atual ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), acompanhado por comandantes das Forças Armadas.
Esse encontro foi a oportunidade perfeita para alguns sites de esquerda, como Rede Brasil Atual e Brasil 247, alardear a possiblidade (descabida) de uma nova intervenção militar no país.
Os sites republicaram um texto de Jungmann de fevereiro de 2016, escrito um mês antes da aprovação do impeachment de Dilma na Câmara. Nele, Jungmann salienta que os militares estariam preocupados com a possibilidade de serem “convocados a intervir” em defesa do Estado.
Nesta sexta-feira, sites como Rede Brasil Atual e Brasil 247 reproduziram trechos do texto do ministro. Ou seja, fantasiaram de notícia uma fala antiga, presumidamente, para mostrar como o Brasil está próximo de reviver o regime militar. Estamos longe disso.
Nesta sexta-feira Jungmann e Temer certamente discutiram a grave crise política instaurada em Brasília após a divulgação de que Temer foi no mínimo conivente com a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha pelo dono do frigorífico JBS, Joesley Batista.
Jungmann, afinal, optou por se manter no governo, ao contrário da tendência majoritária em seu partido. O presidente licenciado do PPS, Roberto Freire, entregou o cargo de ministro da Cultura ao presidente, e na Câmara, a bancada do partido anunciou que não faz parte mais da base aliada.
Extrair disso a notícia de que estaríamos à beira de uma intervenção militar é irresponsável. Em entrevista ao jornal Valor há três meses, o atual comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comentou a instabilidade política e o desejo de alguns de trazer de volta o regime militar. Disse que a vontade mostra como muitos brasileiros identificam nas Forças Armadas valores que se perderam na classe política. No entanto, o general foi contundente ao declarar que os militares não tem qualquer intenção de interferir na vida pública.OPN
Na sexta-feira, 19, o combalido presidente da República, Michel Temer, teve apenas um compromisso oficial em sua agenda: um encontro, ainda pela manhã, com o atual ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), acompanhado por comandantes das Forças Armadas.
Esse encontro foi a oportunidade perfeita para alguns sites de esquerda, como Rede Brasil Atual e Brasil 247, alardear a possiblidade (descabida) de uma nova intervenção militar no país.
Os sites republicaram um texto de Jungmann de fevereiro de 2016, escrito um mês antes da aprovação do impeachment de Dilma na Câmara. Nele, Jungmann salienta que os militares estariam preocupados com a possibilidade de serem “convocados a intervir” em defesa do Estado.
Nesta sexta-feira, sites como Rede Brasil Atual e Brasil 247 reproduziram trechos do texto do ministro. Ou seja, fantasiaram de notícia uma fala antiga, presumidamente, para mostrar como o Brasil está próximo de reviver o regime militar. Estamos longe disso.
Nesta sexta-feira Jungmann e Temer certamente discutiram a grave crise política instaurada em Brasília após a divulgação de que Temer foi no mínimo conivente com a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha pelo dono do frigorífico JBS, Joesley Batista.
Jungmann, afinal, optou por se manter no governo, ao contrário da tendência majoritária em seu partido. O presidente licenciado do PPS, Roberto Freire, entregou o cargo de ministro da Cultura ao presidente, e na Câmara, a bancada do partido anunciou que não faz parte mais da base aliada.
Extrair disso a notícia de que estaríamos à beira de uma intervenção militar é irresponsável. Em entrevista ao jornal Valor há três meses, o atual comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comentou a instabilidade política e o desejo de alguns de trazer de volta o regime militar. Disse que a vontade mostra como muitos brasileiros identificam nas Forças Armadas valores que se perderam na classe política. No entanto, o general foi contundente ao declarar que os militares não tem qualquer intenção de interferir na vida pública.OPN
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