NEGÓCIOS - Emissora conservadora em ascensão desafia posto da Fox News

Aquisição da Tribune Media causou preocupação entre alguns grupos da mídia (Foto: Wikimedia)

Em um momento em que um número cada vez menor de pessoas assiste televisão, causa surpresa que os proprietários de estações de TV locais nos Estados Unidos queiram expandir seus negócios. Mas em 8 de maio, 18 dias depois de uma mudança nas regras da Comissão Federal de Comunicações (FCC), a Sinclair Broadcast Group anunciou a compra da Tribune Media por US$6,6 bilhões, superando a proposta de outros grupos da mídia também interessados em comprá-la, como a 21st Century Fox de Rupert Murdoch.

A compra indica um interesse mais amplo em expandir um setor que tem crescido nos últimos anos. Apesar da queda na audiência, as estações locais lucram com a publicidade televisiva, sobretudo nos anos de eleições, disse Mark Fratrik da consultoria de mídia BIA/Kelsey. A capacidade das pequenas estações de TV de atingir áreas específicas durante as campanhas eleitorais é difícil de igualar.

As estações de televisão locais lucram também com as taxas de retransmissão de operadoras de TV a cabo ou de satélite. Segundo a BIA/Kelsey, as estações arrecadaram US$6,8 bilhões em taxas de retransmissão no ano passado, o equivalente a quase um quarto da receita de US$28 bilhões.

A aquisição da Tribune Media causou preocupação entre alguns grupos da mídia e de comentaristas de esquerda não só em razão da concentração de poder, mas também pelo fato de o CEO da Sinclair Broadcast, David Smith, ser um aliado conservador de Trump e, segundo os críticos, de defender as causas republicanas em suas estações de TV.

Os liberais não são os únicos preocupados com a expansão de mercado da Sinclair Broadcast. Embora já tenha um canal de notícias em Washington, DC, a compra da Tribune Media abre a perspectiva de ampliação da grade de programação das estações de televisão. Um novo canal de notícias conservador desafiará a liderança da Fox News de Murdoch, envolvida em uma série de acusações de assédio sexual e discriminação racial.The Economist

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