FUTURO INCERTO - Gravação da JBS trava reformas de Temer no Congresso
‘Temer perdeu as condições de negociar a reforma’, diz Eurasia Group (Foto: ABr)
A tensão que abalou Brasília na noite da última quarta-feira, 17, após a revelação de que Michel Temer foi gravado pelos donos da JBS dando aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha, paralisou a tramitação das reformas do governo no Congresso.
A equipe econômica do governo já descarta a aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre deste ano, como desejava Temer. Até a tarde da última quarta-feira, 17, a expectativa era de que a reforma fosse à votação no plenário da Câmara no dia 29 deste mês.
“O governo estava virando votos a favor da reforma, já contabilizava entre 315 e 320 votos. Agora, a expectativa é de paralisação e se as discussões ficarem para o segundo semestre, aí é que as chances de aprovação são mínimas por causa da proximidade das eleições em 2018”, disse uma fonte que não quis se identificar ao jornal Globo.
Se antes já estava difícil para o governo obter o apoio por conta do temor dos parlamentares à rejeição popular às reformas, agora é quase impossível. Primeiro porque a própria base aliada de Temer já pede sua renúncia. Segundo eles, se não tomar esta medida, o presidente será “engolido” pelo escândalo e perderá toda a influência sobre o processo de sucessão.
No entanto, em uma reunião de emergência com conselheiros políticos na noite de quarta, Temer disse que não está disposto a renunciar. Ele afirma que, em nenhum momento, falou sobre o silêncio de Cunha com Joesley Batista, autor da gravação.
O segundo fator que torna improvável o avanço das reformas no Congresso é a oposição, que agora concentra seus esforços em pedir o impeachment do presidente e eleições diretas.
Em uma nota emitida na noite de quarta, a consultoria de risco internacional Eurasia Group pediu a seus clientes cautela em relação às acusações e alertou sobre a estagnação das reformas. “Negociações sobre a reforma da Previdência são agora reféns de uma saída desta crise política. Temer perdeu as condições de negociar a reforma”.OPN
A tensão que abalou Brasília na noite da última quarta-feira, 17, após a revelação de que Michel Temer foi gravado pelos donos da JBS dando aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha, paralisou a tramitação das reformas do governo no Congresso.
A equipe econômica do governo já descarta a aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre deste ano, como desejava Temer. Até a tarde da última quarta-feira, 17, a expectativa era de que a reforma fosse à votação no plenário da Câmara no dia 29 deste mês.
“O governo estava virando votos a favor da reforma, já contabilizava entre 315 e 320 votos. Agora, a expectativa é de paralisação e se as discussões ficarem para o segundo semestre, aí é que as chances de aprovação são mínimas por causa da proximidade das eleições em 2018”, disse uma fonte que não quis se identificar ao jornal Globo.
Se antes já estava difícil para o governo obter o apoio por conta do temor dos parlamentares à rejeição popular às reformas, agora é quase impossível. Primeiro porque a própria base aliada de Temer já pede sua renúncia. Segundo eles, se não tomar esta medida, o presidente será “engolido” pelo escândalo e perderá toda a influência sobre o processo de sucessão.
No entanto, em uma reunião de emergência com conselheiros políticos na noite de quarta, Temer disse que não está disposto a renunciar. Ele afirma que, em nenhum momento, falou sobre o silêncio de Cunha com Joesley Batista, autor da gravação.
O segundo fator que torna improvável o avanço das reformas no Congresso é a oposição, que agora concentra seus esforços em pedir o impeachment do presidente e eleições diretas.
Em uma nota emitida na noite de quarta, a consultoria de risco internacional Eurasia Group pediu a seus clientes cautela em relação às acusações e alertou sobre a estagnação das reformas. “Negociações sobre a reforma da Previdência são agora reféns de uma saída desta crise política. Temer perdeu as condições de negociar a reforma”.OPN
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