POLÍTICA - Causa monarquista...a volta dos que não foram
Dom Luiz, trineto de Dom Pedro II, encabeça o movimento monarquista no país (Foto: Reprodução/Folhapress)
Na medida em que se acentua a percepção de decadência da República entre brasileiros, surgem as mais incabíveis propostas para salvar o país, entre elas a restauração da monarquia.
Nesta terça-feira, 24, o trineto de Dom Pedro II, Dom Luiz de Orleans e Bragança, suposto herdeiro do trono extinto em 1889, publicou nota em que diz que “a família imperial está disposta a ajudar em busca de soluções ponderadas que sejam uma saída para a crise que angustia os brasileiros”. Dom Luiz assina como chefe da Casa Imperial do Brasil.
Embora não chegue ao ponto de defender diretamente a troca do regime republicano pela monarquia, Dom Luiz destaca “uma crescente corrente monárquica espalhada pelo Brasil”.
O monarquismo como movimento ideológico sobreviveu ao fim do Império, em parte, porque os herdeiros da Família Imperial permanecem no país. Hoje, em tempos de crise e muita incerteza política, parecem atrair novos simpatizantes, os quais defendem a criação de uma monarquia parlamentarista. Nesse cenário, a chefia de Estado caberia a um imperador vitalício e hereditário, mais precisamente o próprio príncipe Dom Luiz, e a chefia de governo a um primeiro-ministro temporário e eleito, proveniente do partido político de maioria na Câmara dos Deputados.
Don Luiz exerceria uma espécie de “quarto poder moderador” para manter o equilíbrio entre os demais poderes executivo, legislativo e judiciário, prometendo, entretanto, não interferir no governo a não ser em casos extremos e com autorização de um Conselho de Estado. Eleições regulares seriam mantidas para que o povo elegesse seus representantes para o Congresso.
Segundo os que defendem esse sistema, como os criadores do site Causa Imperial, o movimento monarquista começou a ganhar força com a criação de novos grupos no Facebook a partir de 2010, com páginas como a Pró-Monarquia, Príncipe Dom Rafael do Brasil e Geração Monarquia.
Dom Luiz não cita Michel Temer em sua nota, nem o escândalo das gravações de Joesley Batista. Diz, no entanto, que o Brasil tem sido vítima de um “projeto de dominação socialista”. O tom anticomunista da nota é uma tradição dos Orléans e Bragança.OPN
Na medida em que se acentua a percepção de decadência da República entre brasileiros, surgem as mais incabíveis propostas para salvar o país, entre elas a restauração da monarquia.
Nesta terça-feira, 24, o trineto de Dom Pedro II, Dom Luiz de Orleans e Bragança, suposto herdeiro do trono extinto em 1889, publicou nota em que diz que “a família imperial está disposta a ajudar em busca de soluções ponderadas que sejam uma saída para a crise que angustia os brasileiros”. Dom Luiz assina como chefe da Casa Imperial do Brasil.
Embora não chegue ao ponto de defender diretamente a troca do regime republicano pela monarquia, Dom Luiz destaca “uma crescente corrente monárquica espalhada pelo Brasil”.
O monarquismo como movimento ideológico sobreviveu ao fim do Império, em parte, porque os herdeiros da Família Imperial permanecem no país. Hoje, em tempos de crise e muita incerteza política, parecem atrair novos simpatizantes, os quais defendem a criação de uma monarquia parlamentarista. Nesse cenário, a chefia de Estado caberia a um imperador vitalício e hereditário, mais precisamente o próprio príncipe Dom Luiz, e a chefia de governo a um primeiro-ministro temporário e eleito, proveniente do partido político de maioria na Câmara dos Deputados.
Don Luiz exerceria uma espécie de “quarto poder moderador” para manter o equilíbrio entre os demais poderes executivo, legislativo e judiciário, prometendo, entretanto, não interferir no governo a não ser em casos extremos e com autorização de um Conselho de Estado. Eleições regulares seriam mantidas para que o povo elegesse seus representantes para o Congresso.
Segundo os que defendem esse sistema, como os criadores do site Causa Imperial, o movimento monarquista começou a ganhar força com a criação de novos grupos no Facebook a partir de 2010, com páginas como a Pró-Monarquia, Príncipe Dom Rafael do Brasil e Geração Monarquia.
Dom Luiz não cita Michel Temer em sua nota, nem o escândalo das gravações de Joesley Batista. Diz, no entanto, que o Brasil tem sido vítima de um “projeto de dominação socialista”. O tom anticomunista da nota é uma tradição dos Orléans e Bragança.OPN
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