ONU: 300 mil crianças refugiadas viajaram sozinhas em 2015
O número quintuplicou em comparação ao relatório anterior (Foto: Flickr)
Um relatório da ONU divulgado esta semana chama atenção para um dado alarmante e consternador. Segundo o documento, 300 mil crianças refugiadas viajaram sozinhas pelo mundo em 2015. O número é quase cinco vezes maior que os 66 mil registrados pela ONU no relatório anterior, feito entre 2010 e 2011.
O relatório diz que a constatação é prova de uma incrível negligência na proteção básica para as pessoas mais vulneráveis do mundo. Muitas destas crianças estão sob risco de serem capturadas por traficantes sexuais e outros predadores.
“Uma criança migrando sozinha já é demais, e, ainda assim, existe um número inacreditável de crianças fazendo exatamente isso. Nós, como adultos, estamos falhando em protegê-las”, disse Justin Forsyth, vice-diretor executivo da Unicef.
As 300 mil crianças desacompanhadas foram registradas em 80 países entre os anos de 2015 e 2016. Do total registrado, 170 mil entraram com pedido de asilo na Europa e 100 mil foram detidas na fronteira entre o México e os EUA.
Em entrevista ao New York Times, Forsyth disse que o relatório documentou não apenas a rápida ascensão do número de crianças migrando desacompanhadas, mas também “muito mais casos de abuso” por traficantes e membros do crime organizado que as exploram. Ele disse ainda que os números são bem menores do que a realidade, já que não contabilizam os migrantes e refugiados menores de idade não registrados.
“É apenas a ponta do iceberg. Muitas crianças nunca foram registradas e caem nas mãos dos traficantes. O número real é muito maior. Nos falta uma quantidade enorme de informação”, disse Forsyth.
O relatório pede que os países membros do G7, incluindo os EUA, fortaleçam as proteções às crianças refugiadas, acabando com a detenção nas fronteiras, encontrando formas de manter as famílias unidas e combatendo a “discriminação, xenofobia e estigma” que frequentemente afetam crianças expatriadas.New York Times
Um relatório da ONU divulgado esta semana chama atenção para um dado alarmante e consternador. Segundo o documento, 300 mil crianças refugiadas viajaram sozinhas pelo mundo em 2015. O número é quase cinco vezes maior que os 66 mil registrados pela ONU no relatório anterior, feito entre 2010 e 2011.
O relatório diz que a constatação é prova de uma incrível negligência na proteção básica para as pessoas mais vulneráveis do mundo. Muitas destas crianças estão sob risco de serem capturadas por traficantes sexuais e outros predadores.
“Uma criança migrando sozinha já é demais, e, ainda assim, existe um número inacreditável de crianças fazendo exatamente isso. Nós, como adultos, estamos falhando em protegê-las”, disse Justin Forsyth, vice-diretor executivo da Unicef.
As 300 mil crianças desacompanhadas foram registradas em 80 países entre os anos de 2015 e 2016. Do total registrado, 170 mil entraram com pedido de asilo na Europa e 100 mil foram detidas na fronteira entre o México e os EUA.
Em entrevista ao New York Times, Forsyth disse que o relatório documentou não apenas a rápida ascensão do número de crianças migrando desacompanhadas, mas também “muito mais casos de abuso” por traficantes e membros do crime organizado que as exploram. Ele disse ainda que os números são bem menores do que a realidade, já que não contabilizam os migrantes e refugiados menores de idade não registrados.
“É apenas a ponta do iceberg. Muitas crianças nunca foram registradas e caem nas mãos dos traficantes. O número real é muito maior. Nos falta uma quantidade enorme de informação”, disse Forsyth.
O relatório pede que os países membros do G7, incluindo os EUA, fortaleçam as proteções às crianças refugiadas, acabando com a detenção nas fronteiras, encontrando formas de manter as famílias unidas e combatendo a “discriminação, xenofobia e estigma” que frequentemente afetam crianças expatriadas.New York Times
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