TENSÃO EM BRASÍLIA - Gravação revela que Aécio Neves pediu R$ 2 milhões a dono da JBS
Presidente do PSDB afirmou ainda que está tranquilo em relação aos seus atos (Fonte: Reprodução/Agência Brasil)
Uma gravação entregue à Procuradoria-Geral da República por Joesley Batista, dono da JBS, revela que o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, pediu R$ 2 milhões ao empresário para supostamente pagar despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.
O encontro teria acontecido no último dia 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. O conteúdo da conversa entre Aécio e Joesley foi divulgado pelo jornal O Globo na noite desta quarta-feira, 17. De acordo com o jornal, o diálogo durou cerca de 30 minutos.
O pedido de ajuda foi aceito pelo empresário, que quis saber quem pegaria as malas, dando início ao seguinte diálogo:
— Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança, disse Joesley.
— Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c@#$, respondeu Aécio.
O “Fred” indicado por Aécio Neves é Frederico Pacheco de Medeiro, um primo do presidente do PSDB. Ele foi diretor da Cemig, por nomeação de Aécio, e também um dos coordenadores da campanha do tucano à presidência da República em 2014.
Ainda de acordo com o jornal O Globo, a PF teria filmado a entrega para Fred pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, de uma das malas com dinheiro. Ao todo teriam sido quatro malas com R$ 500 mil cada.
O Ministério Público Federal afirma que o dinheiro não foi repassado a nenhum advogado de Aécio. Filmagens mostram que o dinheiro foi repassado por Fred para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG), que levou a propina para Belo Horizonte.
Em nota, o senador Aécio Neves afirmou que sua relação com Joesley Batista era “estritamente pessoal” e sem envolvimento com o setor público. O presidente do PSDB ressaltou que está tranquilo em relação aos seus atos.
Agentes da Polícia Federal e do MPF iniciaram na manhã desta quinta-feira, 18, uma operação da força-tarefa da Lava Jato. A PF informou que estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nos apartamentos de Aécio, Andrea Neves, irmã do senador, e Altair Alves, apontado como braço direito do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.Portal Exame
Uma gravação entregue à Procuradoria-Geral da República por Joesley Batista, dono da JBS, revela que o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, pediu R$ 2 milhões ao empresário para supostamente pagar despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.
O encontro teria acontecido no último dia 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. O conteúdo da conversa entre Aécio e Joesley foi divulgado pelo jornal O Globo na noite desta quarta-feira, 17. De acordo com o jornal, o diálogo durou cerca de 30 minutos.
O pedido de ajuda foi aceito pelo empresário, que quis saber quem pegaria as malas, dando início ao seguinte diálogo:
— Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança, disse Joesley.
— Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c@#$, respondeu Aécio.
O “Fred” indicado por Aécio Neves é Frederico Pacheco de Medeiro, um primo do presidente do PSDB. Ele foi diretor da Cemig, por nomeação de Aécio, e também um dos coordenadores da campanha do tucano à presidência da República em 2014.
Ainda de acordo com o jornal O Globo, a PF teria filmado a entrega para Fred pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, de uma das malas com dinheiro. Ao todo teriam sido quatro malas com R$ 500 mil cada.
O Ministério Público Federal afirma que o dinheiro não foi repassado a nenhum advogado de Aécio. Filmagens mostram que o dinheiro foi repassado por Fred para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG), que levou a propina para Belo Horizonte.
Em nota, o senador Aécio Neves afirmou que sua relação com Joesley Batista era “estritamente pessoal” e sem envolvimento com o setor público. O presidente do PSDB ressaltou que está tranquilo em relação aos seus atos.
Agentes da Polícia Federal e do MPF iniciaram na manhã desta quinta-feira, 18, uma operação da força-tarefa da Lava Jato. A PF informou que estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nos apartamentos de Aécio, Andrea Neves, irmã do senador, e Altair Alves, apontado como braço direito do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.Portal Exame
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