NEGÓCIOS - Linhas aéreas do Oriente Médio entram em estagnação
Uma série de fatores precipitou a crise entre as companhias (Foto: Wikipedia)
Assim que um vídeo de um passageiro sendo retirado à força de um avião da United Airlines causou polêmica nas redes sociais no mês passado, as companhias aéreas do Oriente Médio criticaram com razão o comportamento da companhia americana. Ao longo de uma década de crescimento, a Qatar Airways, a Emirates Airlines, a principal companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, e a Etihad Airways com sede em Abu Dhabi, têm surpreendido os clientes com um serviço impecável e bons preços.
Nos últimos dez anos, as três grandes companhias aéreas do Golfo Pérsico e a Turkish Airlines triplicaram o número de passageiros até atingir 155 milhões em 2015. Era previsível que em algum momento esse crescimento espetacular sofreria uma desaceleração, mas uma série de fatores precipitou a crise. Em primeiro lugar, as companhias aéreas foram profundamente afetadas pela queda do preço do petróleo a partir de 2014, que diminuiu o poder de compra dos clientes e reduziu a demanda de viagens aéreas no Oriente Médio. As empresas de energia elétrica, responsáveis por 29% do PIB dos países do Golfo Pérsico, diminuíram as viagens de seus funcionários na classe executiva, a principal fonte de renda das companhias aéreas.
Em segundo lugar, em razão de uma série de atentados terroristas na região e da tentativa de golpe de Estado na Turquia em julho do ano passado, muitos passageiros começaram a evitar os aeroportos do Oriente Médio. De acordo com os últimos dados divulgados em março, a taxa da capacidade de utilização das companhias aéreas do Oriente Médio foi de apenas 73%, o menor nível desde 2006 e pior do que no auge da crise financeira de 2008 e 2009.
Por fim, duas medidas afetaram o tráfego aéreo no Golfo Pérsico. Pouco depois de tomar posse em janeiro, o presidente Trump tentou proibir a entrada de cidadãos de diversos países árabes de maioria muçulmana nos EUA. Em março, os EUA e o Reino Unido proibiram o embarque de passageiros com dispositivos eletrônicos maiores do que um smartphone, como laptops e tablets, em voos de países do Oriente Médio, alegando risco de atentados terroristas. É possível que a pressão comercial diminua, mas dificilmente as companhias aéreas assistirão a um crescimento tão vertiginoso como nos últimos anos.The Economist
Assim que um vídeo de um passageiro sendo retirado à força de um avião da United Airlines causou polêmica nas redes sociais no mês passado, as companhias aéreas do Oriente Médio criticaram com razão o comportamento da companhia americana. Ao longo de uma década de crescimento, a Qatar Airways, a Emirates Airlines, a principal companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, e a Etihad Airways com sede em Abu Dhabi, têm surpreendido os clientes com um serviço impecável e bons preços.
Nos últimos dez anos, as três grandes companhias aéreas do Golfo Pérsico e a Turkish Airlines triplicaram o número de passageiros até atingir 155 milhões em 2015. Era previsível que em algum momento esse crescimento espetacular sofreria uma desaceleração, mas uma série de fatores precipitou a crise. Em primeiro lugar, as companhias aéreas foram profundamente afetadas pela queda do preço do petróleo a partir de 2014, que diminuiu o poder de compra dos clientes e reduziu a demanda de viagens aéreas no Oriente Médio. As empresas de energia elétrica, responsáveis por 29% do PIB dos países do Golfo Pérsico, diminuíram as viagens de seus funcionários na classe executiva, a principal fonte de renda das companhias aéreas.
Em segundo lugar, em razão de uma série de atentados terroristas na região e da tentativa de golpe de Estado na Turquia em julho do ano passado, muitos passageiros começaram a evitar os aeroportos do Oriente Médio. De acordo com os últimos dados divulgados em março, a taxa da capacidade de utilização das companhias aéreas do Oriente Médio foi de apenas 73%, o menor nível desde 2006 e pior do que no auge da crise financeira de 2008 e 2009.
Por fim, duas medidas afetaram o tráfego aéreo no Golfo Pérsico. Pouco depois de tomar posse em janeiro, o presidente Trump tentou proibir a entrada de cidadãos de diversos países árabes de maioria muçulmana nos EUA. Em março, os EUA e o Reino Unido proibiram o embarque de passageiros com dispositivos eletrônicos maiores do que um smartphone, como laptops e tablets, em voos de países do Oriente Médio, alegando risco de atentados terroristas. É possível que a pressão comercial diminua, mas dificilmente as companhias aéreas assistirão a um crescimento tão vertiginoso como nos últimos anos.The Economist
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