INDÚSTRIA 4.0

O que é a Quarta Revolução Industrial?

De tempos em tempos, o mundo precisa remodelar para se adequar ao cenário contemporâneo (Foto: Pixabay)

O Fórum Econômico Mundial é um evento anual que reúne a elite da política e da economia global em Davos, na Suíça, para discutir temas atuais de grande relevância.

Na edição deste ano, ocorrida entre os dias 22 e 24 deste mês, o tema escolhido foi “Globalização 4.0: moldando uma arquitetura global na era da quarta revolução industrial”. A ideia era trazer para a discussão a ascensão da indústria 4.0 e seu impacto sobre os meios produção. Mas o que seria a chamada Quarta Revolução Industrial?

De tempos em tempos, o mundo precisa remodelar para se adequar ao cenário contemporâneo, preservar a paz e garantir o progresso contínuo. Historiadores apontam três revoluções que mudaram o mundo.

A primeira ocorreu entre 1760 e 1830, capitaneada pela Inglaterra, que irrompia em uma efervescente produção de máquinas para fábricas e técnicas de produção industrial que ganharam o mundo alterando para sempre o setor manufatureiro.

A segunda ocorreu, entre 1840 e 1870, impulsionada pela eletricidade e transportes que utilizavam energia a vapor, como navios e ferrovias. Já a terceira revolução industrial teve início no pós-Segunda Guerra Mundial, e marcou a expansão da tecnologia dos meios eletrônicos.

Agora, o mundo atravessa a Quarta Revolução Industrial, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas e pela busca da total automatização dos meios de produção. Exemplos dessa revolução em andamento é a chamada Internet das Coisas (IoT), que viabilizou, por exemplo, a ascensão das casas inteligentes.

Há também a chamada Internet das Coisas Industrial (IIoT) , um processo de automatização que visa fazer das fábricas totalmente independentes da ação humana, com máquinas que se comunicam entre si e com o ambiente ao redor.

Nesse processo, a China está adiantada e tem a ambição de liderar essa transição. Em 2016, a General Electric (GE), conglomerado americano de serviços e de tecnologia, inaugurou em Xangai um centro digital para auxiliar empresas chinesas a desenvolverem produtos para a IIoT.

Outra que vem investindo pesado na IIoT é a Alemanha. A cada ano que passa o tema ganha mais espaço na tradicional Feira de Hanôver, a maior feira industrial do mundo, sediada na cidade alemã de mesmo nome.

A edição mais recente, ocorrida em abril de 2018, teve como tema “Indústria Integrada – Conectar e Colaborar” e apresentou os mais recentes avanços na área da automatização, da inteligência artificial e de tecnologias de energia.

As expectativas em torno das mudanças promovidas no mundo pela Quarta Revolução Industrial são altas. E o setor mais entusiasmado com os desdobramentos é o empresarial. Prova disso é que o próprio fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, já escreveu dois livros sobre o tema, intitulados A Quarta Revolução Industrial (2016) e Aplicando A Quarta Revolução Industrial (2018) – este último escrito em parceria com Nicholas Davis, empreendedor, chefe da iniciativa “Society and Innovation” e membro executivo do Fórum Econômico Mundial.

Ainda é impossível mesurar a extensão dos impactos da Quarta Revolução Industrial, mas é fato que ela alterará todos os meios de produção, bem como a interação humanos/máquinas. Mas, como já apontado, sabe-se que ela irá borrar as fronteiras física, digital e tecnológica. É o que aponta Schwab, em A Quarta Revolução Industrial.

“Estamos testemunhando o surgimento de tecnologias que interligam os mundos físico, digital e biológico, com impactos não só na indústria, mas em todos os segmentos sociais e econômicos, desafiando nossos conceitos sobre o que é ser humano”, escreveu Schwab.

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