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Retirada americana do Afeganistão gera alarme e leva foco para China
© Getty Images A retirada americana após 20 anos de guerra no Afeganistão não provocou apenas a volta ao poder do Talibã e as cenas de desespero de pessoas tentando fugir de Cabul, dispostas a morrer agarradas a aviões em decolagem. Houve um alarme geral em aliados americanos acerca da confiabilidade de Washington, perceptível publicamente no Ocidente na forma de críticas e na Ásia, como incipiente corrida armamentista regional. Mais importante, foi movida uma peça fundamental para o xadrez geopolítico não só local, mas de todo o planeta, por envolver a disputa central do mundo do século 21, a Guerra Fria 2.0 entre Estados Unidos e China. A polarização entre os dois países tenderá a crescer na Ásia, com o deslocamento dos recursos militares americanos para aquilo que Barack Obama chamava de pivô do Pacífico. Isso trouxe oportunidades e problemas para Pequim. Por um lado, seu apoio ao Talibã já nas fases preliminares da reconquista do Afeganistão garante os chineses como o poder externo garantidor no país, provavelmente com a parceria cada vez maior com a Rússia.Isso visa lhe garantir estabilidade na fronteira oeste, que é permeável a infiltrações radicais nos movimentos islâmicos da sua região de maioria muçulmana, Xinjiang.FOLHAPRESS

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