ECONOMIA OI

Novo plano da Oi prevê venda de R$ 15 bilhões em ativos
© Shutterstock Após sucessivos atrasos,a nova versão do plano de recuperação judicial da Oi foi apresentada na terça-feira,6.O plano prevê um novo financiamento,de US$ 650 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões no câmbio atual),e a venda de ativos avaliados em mais de R$ 15 bilhões,além de desconto e conversão de dívidas antigas.A tele ainda não chegou a acordo com credores, que devem agora avaliar a nova proposta. "A expectativa é que a redução total da dívida financeira chegue à casa de 75%",disse Rodrigo Abreu, em entrevista ao Estadão/Broadcast.Ele deixou a presidência da operadora em janeiro, mas continua como membro do conselho de administração e líder das negociações com credores. SUPORTE A demora de meses para conclusão do plano se deve à complexidade da negociação e à dificuldade de acordo entre a empresa e seus credores.A Oi entrou em recuperação judicial pela segunda vez em março de 2023, com dívidas de R$ 44,3 bilhões. A primeira versão do plano foi apresentada em maio do ano passado,e a companhia esperava assinar até julho um Acordo de Apoio à Reestruturação (RSA,na sigla em inglês) com os credores, o que não aconteceu. O RSA tem a função de angariar o apoio necessário para a aprovação do plano. Ainda há condições de isso acontecer, segundo Abreu. "O objetivo de atingimento de um acordo de suporte ao plano com um grupo de credores que possa garantir a aprovação em assembleia ainda existe,e as negociações com esse grupo seguem mesmo após o protocolo do plano",disse Abreu.A previsão é que a assembleia de credores para votação do novo plano ocorra em um prazo de 30 dias, isto é, no começo de março. Em nota, a Oi informou que, com o novo plano, espera alcançar a reestruturação de suas dívidas financeiras, adequando-as à sua capacidade de pagamento.Isso será feito sem comprometer sua operação e a expansão de seus negócios no segmento de fibra óptica, principal produto da companhia. DÍVIDAS ANTIGAS Um dos principais pontos do plano é a liberação de um financiamento de US$ 650 milhões,que será usado para pagar o empréstimo emergencial (debtor in possession, ou DIP) de US$ 325 milhões obtido pela tele ano passado, bem como para manutenção do capital de giro das operações de telecomunicações. A primeira versão do plano previa que o novo financiamento seria de US$ 750 milhões,mas o valor foi reduzido no decorrer das negociações porque a nova versão prevê antecipar a entrada de recursos com a venda de ativos,explicou Abreu. Desses US$ 650 milhões,o montante de US$ 450 milhões deve vir dos atuais credores,enquanto os outros US$ 200 milhões seriam de terceiros.Em contrapartida ao compromisso de nova injeção de recursos, os credores receberão uma comissão, chamada de backstop fee, e terão prioridade no pagamento.Caso haja demora para liberação desses recursos, a Oi fica autorizada a buscar um empréstimo-ponte de US$ 125 milhões para recompor o caixa. Abreu lembra que a concessão de telefonia fixa da Oi ainda é "bastante deficitária" e consome caixa.A companhia está negociando uma flexibilização das obrigações regulatórias com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Tribunal de Contas da União (TCU),mas essa solução não é simples. "A redução do consumo de caixa não acontece imediatamente. Será obtida ao longo de vários meses posteriormente ao acordo e respectiva migração do regime de prestação do serviço",estima. Entre as opções para abater as dívidas antigas, a Oi oferece a conversão de parte do saldo devedor em ações,bem como pagamentos parcelados e com desconto."A diluição proposta para os atuais acionistas não foi mudada no plano atual e permanece em 80%", disse. Pelo novo plano,a Oi quer antecipar a alienação de ativos e levantar R$ 15,3 bilhões por meio da venda da operação de banda larga (Oi Fibra),da participação na V.tal, além de imóveis e outros bens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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