DONALD-TRUMP
Trump prepara terreno para tarifas e deportações no início do governo
© Getty Images
Donald Trump tomará posse só em 20 de janeiro, mas já indicou que pretende instituir algumas de suas principais -e polêmicas- promessas de campanha na primeira
semana como presidente dos Estados Unidos.
O pacote inclui a deportação em massa de imigrantes em situação irregular no país, a imposição de tarifas a produtos importados, o possível perdão a invasores do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e a demissão do procurador que o acusou de diversos crimes.
Para levar os planos adiante, Trump montou um time sob medida e que tem a fidelidade como o principal critério. Para analistas,o objetivo do republicano é evitar contestações às suas ordens e ampliar seu poder na Casa Branca.
Nesta semana, Trump afirmou que vai impor tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá no seu primeiro dia de governo se os países não resolverem problemas ligados a imigração e tráfico de drogas na fronteira. O presidente eleito também prometeu aumentar em 10% as taxas aplicadas à China.
A ameaça gerou receio de alta nos preços de bens nos Estados Unidos,além da preocupação nos países vizinhos. Na sexta (29),Trump jantou com o primeiro-ministro
do Canadá, Justin Trudeau, em Mar-a-Lago, e conversou durante a semana com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, a respeito da medida.
Neste sábado (30), o republicano fez nova investida no seu plano sobre tarifas.Ele ameaçou os países membros do Brics de terem tarifa de 100% sobre a importação
dos seus produtos, caso avancem com a ideia de criar uma nova moeda ou apoiar outra divisa que substitua o dólar.
"Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana",escreveu Trump em sua plataforma de mídia social, a Truth Social.
O avanço na criação de meios de pagamento alternativos entre si,para fugir ao requisito do uso do dólar foi defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião de cúpula dos países do Brics em Kazan, na Rússia, neste ano.FOLHAPRESS
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