PETROBRAS BRASKEN

Ex-chefe da Braskem admite nos EUA culpa por suborno envolvendo Petrobras
O ex-presidente da Braskem José Carlos Grubisich se declarou culpado de acusações nos Estados Unidos de um esquema de corrupção que movimentou US$ 250 milhões em propinas para garantir negócios que interessavam à Petrobras. A Braskem é o braço petroquímico da Odebrecht (atualmente rebatizada de Novonor) e tem a estatal brasileira entre as suas controladoras. O processo é fruto de um acordo de leniência fechado pela Odebrecht e pela Braskem com autoridades brasileiras e americanas no âmbito da Operação Lava Jato. O executivo afirmou que conspirou para desviar centenas de milhões de dólares da Braskem para um fundo secreto e que, enquanto CEO da empresa, concordou em pagar subornos a funcionários do governo brasileiro, partidos políticos e outros no Brasil para garantir a manutenção de um contrato para um projeto petroquímico significativo da Petrobras. O executivo também admitiu que falsificou livros e registros da Braskem ao registrar falsamente depósitos feitos para empresas de fachada, como se fossem pagamentos por serviços legítimos. Ele também disse que assinou falsas certificações apresentadas à SEC (Securities and Exchange Commission, agência que regulamenta o mercado mobiliário dos EUA) que, entre outras coisas, atestavam que os relatórios anuais da petroquímica representavam de maneira justa e precisa a situação financeira da empresa. Como parte de sua confissão de culpa, Grubisich acordou em pagar cerca de US$ 2,2 milhões. A Justiça do país ainda irá definir a pena que ele deverá cumprir. Segundo a agência AFP, ele pode ser condenado no máximo a de 10 anos de prisão. "Ele assumiu a responsabilidade por algumas coisas e espera poder acertar suas contas com a Justiça para poder voltar ao Brasil", diz o advogado Alberto Zacharias Toron, que defende José Carlos Grubisich. Grubisich é acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA (DoJ, na sigla em inglês) de ter participado de um plano de suborno a funcionários do governo brasileiro entre 2002 e 2014, violando a Lei de Práticas Corruptas no Exterior (FCPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Ele foi diretor geral e membro do conselho da Braskem e desempenhou diversas funções na Odebrecht.FOLHAPRESS

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A surpreendente cratera de Xico

Por que não enxergamos estrelas verdes ou roxas?

Egípcia posa nua em blog e provoca indignação