"GURU DA CLOROQUINA"

“Guru da cloroquina” de Bolsonaro, Arthur Weintraub entra na mira da CPI
© Valter Campanato/Agência Brasil TERRAPLANISMO - Arthur Weintraub: lockdowns são uma “ideia globalista” - Em fevereiro de 2020, quando ainda não havia nenhuma morte confirmada por Covid-19 no Brasil e a epidemia ainda se restringia à China e Itália, o então assessor especial da Presidência Arthur Weintraub já atuava junto ao presidente Jair Bolsonaro em prol da cloroquina e hidroxicloroquina como solução “anti-globalista” para neutralizar a doença e evitar as medidas de isolamento social. Irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, Arthur foi escalado desde o início para tratar sobre o tema dentro do Palácio do Planalto e diuturnamente abastecia o presidente com informações a respeito dos medicamentos. Depois de várias pesquisas a respeito de sua possível eficácia contra o coronavírus, passaram a ser desconsiderados por boa parte da comunidade científico. Arthur não se contentou com isso e passou a procurar pelo Brasil médicos dispostos a defender os remédios. Nasceria daí o grupo de milhares de médicos que até hoje defendem e pressionam pela adoção do chamado “tratamento precoce” junto a Bolsonaro, governos estaduais, prefeituras, redes hospilatalares e conselhos de medicina. A médica Nise Yamaguchi e o empresário bilionário Carlos Wizard acabaram aparecendo ao público como os principais cabeças desse movimento - a primeira como suporte científico, o segundo como braço financeiro. Arthur Weintraub era o principal articulador desse grupo e o que tinha mais acesso a Bolsonaro. Tanto que ele nunca chegou a discutir o assunto com os ministros da Saúde, já que despachava diretamente com o presidente. Do seu aconselhamento, saíam medidas práticas, como a isenção de impostos dada à hidroxicloroquina e cloroquina no início de 2020, e a tentativa de mudar a bula dos medicamentos por meio de decreto estadual. Weintraub e o grupo de médicos 'cloroquiners' agora entraram na mira da CPI da Pandemia, que trabalha com a linha de investigação que existia um "gabinete paralelo" responsável por convencer Bolsonaro a levantar a bandeira do tratamento precoce em detrimento de medidas em prol da vacinação em massa e do isolamento social. Dois requerimentos que pedem a convocação de Weintraub e a quebra do seu sigilo fiscal devem ser apreciados nesta semana. Eduardo Gonçalves

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