PRESIDENTE DA OI SALVOU A FUSÃO COM A PT


Para a Oi, as únicas ações que parecem estar subindo atualmente são as de seu presidente-executivo, Zeinal Bava.

Quando um calote de 897 milhões de euros (1,21 bilhão de dólares) ameaçava a fusão da problemática Oi com a Portugal Telecom, Bava teve um papel fundamental nas conversas e salvou o acordo. O novo entendimento blindou a Oi de perdas em potencial e forçou a Portugal Telecom a assumir o golpe.

Bava, que saiu do comando da Portugal Telecom para assumir as rédeas da Oi no ano passado, apaziguou os ânimos dos acionistas da Oi e, ao mesmo tempo, induziu os portugueses a reduzir sua participação na empresa conjunta conhecida como CorpCo, de acordo com duas fontes que acompanham as negociações.

“Ele estava determinado a não deixar esse acordo naufragar”, afirmou uma das fontes, que pediu anonimato.

As duas fontes disseram que a resolução fortaleceu a posição de Bava, embora a da Oi continue delicada --sua saúde financeira está em franca deterioração e um leilão custoso de banda larga 4G se aproxima.

Poucos meses atrás, surgiram boatos de que uma Oi com capital novo sob o comando de Bava iria liderar o caminho para a consolidação do mercado de telefonia móvel brasileiro, que conta com quatro grandes operadoras.

Agora, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) alerta que a CorpCo corre um sério risco de ser engolida pelas rivais.

"Não se pode negar que entrar no leilão (de 4G) será um desafio para a Oi", disse à Reuters o superintendente de competição da Anatel, Carlos Baigorri, nesta semana. "Qualquer empresa que ficar de fora do próximo leilão iria se tornar um operador de nicho de 4G... É muito provável que o valor dessa empresa comece a sangrar. Logo, é de se esperar que vai ser a empresa a ser consolidada", acrescentou.

A CorpCo nasceu com 48 bilhões de reais em dívidas, quase seis vezes o endividamento da unidade no Brasil da espanhola Telefónica.

Para competir no leilão de 4G, que deve acontecer em setembro, a Oi pode ter que encarar um financiamento pesado, disse o analista André Baggio, do JPMorgan. "Se a Oi não comprar frequências, pode ficar em desvantagem competitiva no longo prazo”, disse.Reuters



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