Cientistas criam método eterno para armazenamento de dados


Rio — A capacidade de discos rígidos e outros dispositivos de armazenamento não para de crescer, mas a durabilidade das informações ainda é uma barreira. Para o usuário comum, é provável que isso não faça diferença, pois HDs, pendrives e outros discos duram anos, mas pensando na Humanidade, isso se torna um problema. Como garantir que informações geradas hoje sobreviverão para futuras gerações? A resposta pode ser uma nova técnica desenvolvida pela Universidade de Southampton, no Reino Unido, que promete armazenamento eterno.

Batizada como Eternal 5D, a nova técnica processa cinco dimensões de dados digitais escritos a laser num vidro com nanoestruturas. Dessa forma, os cientistas conseguiram propriedades sem precedentes, com discos com capacidade de 360 terabytes de informações que sobrevivem a temperaturas de até 1.000 graus Celsius. Análises sugerem que os dados gravados no Eternal 5D sobrevivam por 13,8 bilhões de anos, praticamente a idade do universo, a temperatura de 190 graus Celsius.

Para demonstrar a tecnologia, os pesquisadores armazenaram documentos importantes da História da Humanidade, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos; “Óptica”, de Isaac Newton; a “Magna Carta” e a “Bíblia do Rei Jaime”. As cópias armazenadas poderão sobreviver além da nossa própria espécie.

Os documentos são gravados usando um laser ultrarrápido, que produz pulsos de luz curtos e intensos. O arquivo é escrito em três camadas de pontos nanoestruturados separados por apenas 5 micrômetros (milionésimo do metro). As nanoestruturas modificam a forma como a luz atravessa o vidro, modificando sua polarização. A leitura pode ser feita com a combinação de um microscópio ótico e um polarizador. A codificação é realizada em cinco dimensões: tamanho e orientação, além das três posições das nanoestruturas.O GLOBO


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