ANTIPETISMO 2022

Doria assume que antipetismo será linha 'predominante' de sua campanha em 2022
© Shutterstock Ao registrar oficialmente, nesta segunda-feira, 20, sua candidatura para a disputa das prévias presidenciais do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, apresentou uma carta com críticas explícitas aos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No documento, embora destaque que os tempos atuais "são de retrocesso" e faça uma defesa da democracia, não há referências nominais ao presidente Jair Bolsonaro. A estratégia do tucano, que tem como principal adversário nas prévias do partido o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é mirar na tentativa de se firmar como alternativa política para os eleitores de centro e centro-direita contra Lula. "Infelizmente, os anos que se seguiram com os governos de Lula e Dilma representaram a captura do Estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia na história do País. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público. Os fins não justificam os meios", criticou Doria. Durante a cerimônia de oficialização de sua inscrição, na sede do partido, em Brasília, Doria assumiu a opção de voltar prioritariamente suas baterias contra o PT. Com isso, repete a estratégia adotada nas suas vitórias em 2016, para a Prefeitura de São Paulo, e em 2018, para o governo. "Esse antipetismo será predominante dentro da nossa campanha. Com muita clareza", afirmou Doria. "Nós vencemos o PT em 2016 e nós vencemos o PT em 2018. E fiz essas duas vitórias de maneira republicana. Nunca utilizei subterfúgios que pudessem ser condenados no âmbito do que eu chamo de educação democrática, de disputar com propostas e não com ataques pessoais. Fiz, inclusive, uma transição republicana, elogiada até hoje em São Paulo, quando o então prefeito Fernando Haddad transferiu a nós a Prefeitura de São Paulo. E este foi o gesto e a conduta que fizemos nessa transição. Volto a afirmar que os fins não justificam os meios. E eu estarei com posição distinta do outro lado daqueles que fizerem esse tipo de opção, seja qual for o partido", disse o governador. Com isso, Doria faz uma espécie de sinalização política também para o eleitor que votou em Bolsonaro em 2018 e que está decepcionado com a atuação do governo. O próprio Doria se elegeu para o governo associando sua candidatura à de Bolsonaro contra o então governador Márcio França (PSB). Na época, ficou famosa a campanha "Bolsodoria", defendida pelo tucano, que pregava um voto casado com o presidente para os eleitores paulistas.ESTADAO

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