RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Pesquisadores criam algoritmo para analisar ressonância magnética
© Shutterstock Pesquisadores brasileiros do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) desenvolveram um algoritmo que analisa imagens de ressonância magnética com rapidez e precisão, o que pode ajudar médicos a detectar problemas na gestação. Esse algoritmo consegue detectar, com taxa de 93% de acerto, o que é o líquido amniótico, substância que envolve o bebê em desenvolvimento. Uma das funções do líquido amniótico é proteger o feto. A quantidade de líquido amniótico pode interferir no desenvolvimento do feto. Um menor volume de líquido ou uma quantidade em excesso podem trazer dificuldades para a gestação, caso não sejam tratadas adequadamente. “Ver a normalidade do líquido amniótico é muito importante porque ele reflete, primeiro, o bem estar do feto, e reflete também a possibilidade de algumas patologias”, disse Heron Werner, médico da empresa de medicina diagnóstica Dasa e um dos responsáveis pelo estudo. Segundo ele, se a quantidade de líquido amniótico estiver aumentada, isso pode significar uma patologia gastrointestinal ou uma má formação do sistema nervoso central do feto. Também pode significar que a mãe tem diabetes. Do contrário, se o volume de líquido estiver diminuído, pode indicar que o bebê é pequeno ou que há uma insuficiência placentária. Também pode significar um problema na função renal. Por isso é importante analisar com precisão a quantidade de líquido amniótico na gestação, diz o médico. Atualmente, a maneira como o volume do líquido amniótico é calculado é subjetiva. Quando um exame de ultrassom aponta algum problema para a gestação, os médicos solicitam um novo exame, uma ressonância magnética. A ressonância é um exame que a gente usa para ajudar na ultrassonografia quando o feto tem algum problema [identificado] no ultrassom. A vantagem da ressonância é que ela me dá uma visão do conteúdo uterino como um todo, que a ultrassonografia não consegue dar numa imagem só. Com ela consigo ter informação em cortes de todo o volume uterino. Além disso, o líquido amniótico tem um sinal muito aumentado na ressonância, o que o destaca do resto do conteúdo uterino, que seria o feto, placenta e cordão umbilical”, explicou Werner. Após essa ressonância, o médico então começa a analisar as imagens. "Se eu quisesse um cálculo de precisão, eu teria que pegar todos os cortes da ressonância, desenhar a área do liquido amniótico em cada corte e fazer o cálculo. E isso iria levar horas já que tenho em torno de 200 cortes em uma ressonância”, disse o médico. “O que acaba acontecendo é que esse médico tem, foto por foto, que delinear o que é líquido amniótico e o que não é. E costuma ser mais de 100 camadas ou fotos. Depois de fazer tudo isso, ele consegue dar uma estimativa de volume. É um calculo somando a área em cada uma das fotos. É um processo demorado”, explicou Paulo Orenstein, pesquisador do Impa e também um dos responsáveis pelo estudo, em entrevista à Agência Brasil. AGÊNCIA BRASIL

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