Política Econômica

Mantega diz que haverá redução de gastos em 2011

Fernando Dantas e Claudia Trevisan, enviados especiais
(Estadão)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje em Seul que os gastos correntes do governo e os juros vão cair em 2011. No caso do gasto, o ministro ressalvou que não estava falando em termos absolutos, mas sim de medidas como ritmo de crescimento e proporção em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Ele chegou ontem à capital da Coreia para participar da cúpula do G-20 - grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo.

Depois de ter viajado mais de 20 horas de avião até Seul com Dilma Rousseff, a presidente eleita, Mantega nada disse sobre uma possível permanência no cargo, mas falou sobre os planos econômicos para 2011 com a desenvoltura de quem está plenamente engajado na preparação do novo governo. "Vai haver uma redução de gastos em 2011, já que saímos do pós-crise e entramos numa nova fase em que a economia não precisa dos mesmos estímulos e o setor privado pode cumprir essa função", disse o ministro. Segundo Mantega, "em crise o Estado demanda mais, e quando se sai da crise o setor privado demanda mais - é essa troca que se pretende fazer".

Isso inclui, acrescentou Mantega, diminuir a liberação de crédito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reduzindo os subsídios gastos nessas linhas. Mantega disse ainda que o recuo do gasto corrente vai abrir espaço para ampliar o investimento e reduzir a atração de capitais em excesso - um dos problemas mais discutidos na cúpula do G-20 em Seul.

A contenção de gastos, continuou o ministro, é um dos fatores que abrirá espaço para a queda dos juros. "Imediatamente não dá para baixar os juros, porque tem uma dinâmica própria da política monetária, mas certamente o juro brasileiro deverá ser reduzido já no próximo ano", afirmou.

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