As histórias por trás das fotos mais famosas do mundo...Algumas delas


Uma imagem pode valer mil palavras, mas não é qualquer imagem que pode contar uma história. Descubra os detalhes fascinantes por trás de algumas das imagens mais icônicas do mundo: da bandeira erguida em Iwo Jima e Albert Einstein colocando sua língua para fora até o dia em que Elvis Presley conheceu Richard Nixon na Casa Branca.

1. “Mãe Imigrante,” 1936, Califórnia
Credito: Joe Rosenthal

Em 1936, a fotógrafa Dorothea Lange fotografou esta imagem de Florence Owens, uma mulher desamparada, de 32 anos, com um bebê no colo e mais dois de seus outros sete filhos em um acampamento de catadores de ervilhas, em Nipomo, na Califórnia. Lange tirou a foto, que, posteriormente, veio a ser chamada de “Mãe Imigrante” para um projeto encomendado pela Federal Resettlement Administration (depois parte da Farm Security Administration) do New Deal – uma entidade de reassentamento de trabalhadores do programa de Roosevelt para reerguer a economia norte-americana – para documentar a situação dos trabalhadores agrícolas imigrantes. Sua imagem de Owens logo foi publicada em jornais, fazendo com que o governo enviasse ajuda ao acampamento em Nipomo, onde milhares de pessoas estavam famintas e vivendo em condições precárias. Entretanto, àquela altura, Owens e sua família já tinham se mudado.

A foto de Lange se transformou na imagem definitiva da Grande Depressão, mas a identidade da mãe imigrante se manteve oculta ao público por décadas, pelo simples fato de Lange não ter perguntado o seu nome. No final dos anos 70, um repórter localizou Owens (cujo último nome era, então, Thompson) em seu lar em Modesto, na Califórnia. Thompson tinha críticas a Lange, que morreu em 1965, afirmando que havia se sentido explorada pela foto e que desejava que ela não tivesse sido tirada, mostrando também arrependimento por não ter ganhado nenhum dinheiro com ela. Thompson morreu aos 80 anos em 1983. Em 1998, uma cópia da foto, autografada por Lange, foi vendida por $244.500 em um leilão.

2. “Erguendo a Bandeira em Iwo Jima,” 1945, Monte Suribachi
Credito: GABRIEL BOUYS/AFP/Getty Images

Em 23 de fevereiro de 1945, o fotógrafo Joe Rosenthal da Associated Press tirou uma foto de cinco fuzileiros navais e um soldado da marinha erguendo uma bandeira americana no Monte Suribachi, o pico mais alto da ilha japonesa de Iwo Jima. A batalha, uma das mais sangrentas da história do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, começou em 19 de fevereiro de 1945, quando os americanos invadiram a ilha altamente fortificada. Quatro dias depois, eles a tomaram, e colocaram uma pequena bandeira no topo do Monte Suribachi. Entretanto, no final daquele mesmo dia, a bandeira foi substituída por uma maior, que poderia ser vista pelas tropas do outro lado da ilha e por navios ao longo da costa. A foto de Rosenthal mostra o segundo hasteamento da Stars and Stripes (Estrelas e listras, como é conhecida a bandeira norte-americana). O fotógrafo de combate foi posteriormente acusado de encenar dramaticamente a imagem, mas ele negou as denúncias e testemunhas o apoiaram. A foto, reproduzida no mundo todo, tornou-se um poderoso símbolo patriótico e ganhou um Prêmio Pullitzer, servindo de modelo para o Marine Corps War Memorial, um memorial de guerra próximo ao Cemitério Nacional de Arlington.

3. Comemoração do Dia V-J, 1945, Nova York
O famoso fotógrafo Alfred Eisenstaedt obteve esta imagem de um marinheiro dando um beijo comemorativo em uma mulher vestida de branco no meio da Times Square, em Nova York, em 14 de agosto de 1945, quando foi anunciado que o Japão havia se rendido aos Aliados, encerrando por definitivo a Segunda Guerra Mundial, e sua foto foi publicada na revista Life, em 27 de agosto. O fotógrafo da marinha, Victor Jorgensen, também conseguiu tirar uma foto do beijo improvisado de um diferente (e menos famoso) ângulo. Mas nenhum deles teve a oportunidade de perguntar ao casal apaixonado seus nomes (conforme Eisenstaedt disse posteriormente sobre aquele dia: “Havia milhares de pessoas andando nas ruas... Todos estavam se beijando”), e, nos anos seguintes, inúmeros homens e mulheres se apresentaram para afirmar que eram as pessoas das fotos, que se tornaram símbolos da excitação sentida com o fim da guerra. Um livro de 2012, “The Kissing Sailor”, identificou o casal como o marinheiro George Mendonsa e Greta Zimmer, uma assistente de dentista, que não conhecia Mendonsa à época do beijo espontâneo. No entanto, outras pessoas fizeram relatos críveis de que era o casal da foto, e, até hoje, sua identidade não foi comprovada definitivamente.

4. Albert Einstein, 1951, Nova Jersey
Credito: Arthur Sasse/AFP/Getty Images

Em 14 de março de 1951, o fotógrafo Arthur Sasse capturou esta imagem de Einstein ao voltar da comemoração de seu aniversário de 72 anos, realizada em sua homenagem em Princeton, Nova Jersey. No momento da foto, Sasse estava tentando fazer com que o gênio da física e vencedor do Prêmio Nobel sorrisse, mas, em vez disso, ele colocou sua língua para fora enquanto sentava no banco de trás de um carro. No final, Einstein gostou tanto da foto que mandou fazer algumas cópias para ele.

5. Che Guevara, 1960, Cuba
Credito: Alberto Korda

Em 5 de março de 1960, o fotógrafo de moda e fotojornalista Alberto Korda tirou esta imagem do revolucionário marxista de 31 anos em um serviço memorial em Havana para vítimas do navio de munição La Coubre, que havia explodido no porto da cidade no dia anterior. Fidel Castro prontamente culpou os EUA pelo acidente que matou pelo menos 75 pessoas e feriu outras centenas, embora a causa exata nunca tenha sido determinada. Após o serviço memorial do La Coubre, o jornal para o qual Korda trabalhava, o “Revolucion”, reproduziu fotos de Castro e outras autoridades, rejeitando a de Guevara. A imagem apareceu em outras publicações de Cuba e da Europa nos anos seguintes, mas não atraiu muita atenção, Em 1967, Giangiacomo Feltrinelli, um editor de esquerda italiano, interessado em Guevara, soube da história da foto enquanto fazia uma visita a Cuba e recebeu uma cópia de graça de Korda. Após o argentino Guevara ser capturado e morto por soldados na Bolívia ainda naquele ano, Feltrinelli distribuiu pôsteres com a foto de Korda, com a legenda “Guerrillero Heroico”, e a imagem logo se espalhou por todo o mundo, tornando-se um símbolo da revolução e da rebelião juvenil. Desde então, virou uma das imagens mais reproduzidas da história, aparecendo em todos os lugares possíveis, desde camisetas até garrafas de cerveja.

6. “The Situation Room,” 2011, Casa Branca
Credito: Pete Souza

Tirada na tarde de 1º de maio de 2011, esta imagem mostra o presidente Barack Obama e sua equipe de segurança nacional recebendo atualizações sobre a incursão ultrassecreta dos SEALs da marinha no complexo paquistanês no qual estava escondido um dos homens mais procurados da história dos EUA, o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Às 23h35, o presidente apareceu ao vivo na TV para anunciar que o mentor por trás dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 fora morto pelos SEALs.

O fotógrafo da Casa Branca, Pete Souza, capturou esta imagem após Obama e seu assessores sêniores se reunirem em uma pequena sala de conferência no complexo do Situation Room, na Ala Oeste da Casa Branca, onde o brigadeiro-general Marshall “Brad” Webb estava monitorando a missão. Quando Obama entrou na sala, Webb ofereceu ao presidente sua cadeira. No entanto, conforme Obama contou à NBC News, “Eu disse, ‘Não se preocupe com isso. Apenas foque no que você está fazendo. Eu tenho certeza de que podemos encontrar uma cadeira e eu vou sentar bem ao seu lado’. E foi assim que eu acabei em uma cadeira dobrável”. Posteriormente, Obama se referiu à incursão de alto risco, durante a qual um helicóptero da SEAL aterrissou forçosamente no esconderijo de Bin Laden, como os 40 minutos mais longos de sua vida, enquanto a Secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que ela estava tão concentrada no monitoramento que não estava ciente de que o fotógrafo da Casa Branca tirava fotos.





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