MISOFONIA - o distúrbio que gera aversão ao som da mastigação


As festas de fim de ano são ótimas oportunidades para reunir a família em um jantar ou um churrasco de fim de semana. Nessas ocasiões, a gula é um pecado perdoado e o clima fraterno toma conta.

Porém, um distúrbio chamado misofonia pode fazer das refeições em família um verdadeiro inferno. O termo misofonia significa “ódio ao som”. Aqueles que sofrem desse distúrbio se irritam facilmente com alguns tipos de som, entre eles o barulho dos talheres batendo em pratos, o som da mastigação e da respiração profunda.

A misofonia também leva os que sofrem do distúrbio a se irritar com o som de “cliques” de caneta, sons de pés batendo repetidamente no chão, de teclas digitando, beijos e outros sons leves produzidos pelos lábios.

Tais sons (chamados “sons gatilho”) desencadeiam na pessoa episódios de raiva, ansiedade e, em casos mais graves, de agressividade. Uma sensação de urgência toma conta da pessoa, que busca se livrar do som imediatamente. Muitos que sofrem de misofinia acabam abandonando as ocasiões em que o distúrbio pode se manifestar.

Em 2013, um grupo de cientistas holandeses analisou o distúrbio e descobriu que ele está ligado a um sentimento instintivo de medo, de preservação. O estudo mostrou que os sons captados pelo ouvido chegam à amídala cerebral, porção do cérebro responsável pela resposta ao medo e outras emoções negativas. De acordo com o estudo, a aflição ao som geralmente está ligada a alguma está ligada a um episódio ruim com o barulho em questão.

Os cientistas conseguiram descobrir onde a misofonia começa, mas ainda não sabem o que causa o distúrbio. Não há previsão de cura e, atualmente, a terapia é o tratamento mais usado para combater o transtorno. The Independent

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