FRANÇA OBITUÁRIO

Albert Uderzo, um dos criadores de Asterix, morre aos 92 anos na França

EFE/EPA/ETIENNE LAURENT

O lendário cartunista francês Albert Uderzo, criador - junto com o roteirista René Goscinny - da personagem Asterix, morreu em casa, na cidade de Neuilly, perto de Paris, aos 92 anos, segundo confirmou nesta terça-feira a editora Salvat.

O artista morreu em conseqüência de uma crise cardíaca "não relacionada ao coronavírus, cercado pelo amor de sua família", segundo relato feito em comunicado enviado à imprensa.

As aventuras de Asterix e Obelix, na vila gaulesa em que viviam, nascidas da engenhosidade e cores de Uderzo e Goscinny, renderam 38 álbuns, com 380 milhões de cópias vendidas em 111 idiomas.

De pais italianos, nascido em 1927 na cidade de Fismes, perto de Reims, no norte da França, Uderzo era fascinado por quadrinhos desde a infância e por fazer os outros rirem - ele nunca escondeu que sua profissão frustrada era a de palhaço.

Seu primeiro quadrinho, "Flambergue", uma história de mosqueteiros, foi produziado em 1944.

A vida do autor mudou cinco anos depois, ao conhecer Goscinny, a quem considerava um "irmão" e com quem inventou as aventuras de um dos personagens mais célebres da história dos quadrinhos: Asterix, o Gaulês.

Também autores de outros quadrinhos, como o do pequeno indiano Umpah-Pah, a dupla trabalhou junta até 1977, ano da morte do amigo e roteirista, o que levou Uderzo à devastação.

No entanto, o cartunista venceu e decidiu continuar com a série Asterix como roteirista e cartunista - e produziria outros sete álbuns - e até fundou sua própria editora, Albert-René.

Nos últimos anos, Uderzo teve uma disputa com a filha Sylvie pela administração da propriedade Asterix, que foi resolvida com um acordo extrajudicial em 2014.

Em 2013, ele anunciou que não seria capaz de continuar desenhando e passou a herança de Asterix ao ilustrador Didier Conrad e ao roteirista Jean-Yves Ferri, apesar de manter a autoridade de supervisionar os novos trabalhos.

O mais recente trabalho do quadrinista, "A filha de Vercingetórix", foi lançado no ano passado. EFE

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