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PMDB e PT tentam minimizar disputas na coligação de Dilma

(reuters)

SÃO PAULO (Reuters) - Os presidentes do PT, José Eduardo Dutra, e do PMDB, Michel Temer, que também é candidato a vice-presidente na chapa da petista Dilma Rousseff, se esforçavam nesta segunda-feira para minimizar notícias sobre discussões em torno de divisão de poder e cargos dentro da coligação governista, no caso de vitória em outubro.

O assunto ganhou destaque na imprensa depois da divulgação da pesquisa Datafolha, no fim de semana, mostrando uma vantagem de 17 pontos percentuais de Dilma sobre José Serra (PSDB), o que lhe garantiria hoje a vitória no primeiro turno.

"Em nenhum momento na aliança com o PT e demais partidos para as eleições presidenciais, houve qualquer negociação a propósito da participação no governo", afirmou Temer em nota divulgada nesta manhã.

"Os únicos compromissos firmados por escrito com o PT foram os de que o PMDB teria a Vice-Presidência da República e participaria da formulação do programa de governo. E é isso, apenas isso, que foi estabelecido e vem sendo rigorosamente cumprido", acrescentou o peemedebista.

Mas no início do mês, o próprio Temer falou em "partilhar o governo". Naquela ocasião, em encontro com parlamentares e ministros ele afirmou que, uma vez Dilma eleita, os dois dividiriam o próximo governo com os aliados.

Agora, diante das notícias recentes, o peemedebista procurou refutar a ideia, numa tentativa de evitar, ao menos publicamente, ruídos na coligação. "O PMDB quer colaborar e hoje está inteiramente dedicado à campanha para vencer as eleições. Toda e qualquer manifestação em outro sentido é mera especulação e deve ser repudiada por todos peemedebistas".

Na mesma linha, Dutra postou no Twitter mais cedo: "Todo dia jornal vai falar de ministério da Dilma, papo que só causa cizânia e desmobilização. É um não assunto."

Em visita ao Senai, junto com a candidata, o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), um dos coordenadores de sua campanha, também negou haver qualquer conversa relativa à partilha de cargos num eventual governo Dilma.

"Não tem nenhuma conversa de cargo com ninguém. Primeiro vem a eleição", disse Cardozo a jornalistas.

Apesar das declarações oficiais, no entanto, a discussão em torno da divisão de poder entre PT e PMDB tende a aumentar se as próximas pesquisas confirmarem a possibilidade de vitória de Dilma já no dia 3 de outubro.

(Por Alexandre Caverni)

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