Educação....Pisa

Avaliação mostra o que o Brasil faz com educação: Pisa
Pelo atual desempenho de nossos jovens, teremos, no futuro, uma geração não muito brilhante de executivos, professores, pesquisadores ou profissionais liberais. Por Claudio Carneiro

Muito simbólico que o Alagoas dos Collor e o Maranhão dos Sarney tenham ficado nas últimas posições do ranking brasileiro do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Famílias ricas se elegem e se reelegem às custas de estados cada vez mais miseráveis e ignorantes. E o Brasil vai perdendo gerações inteiras, com fraquíssimo desempenho escolar.
O país alcançou a 53ª posição (401 pontos) entre os 64 países avaliados, atrás de Chile (439), México (420), Trinidad e Tobago (414) e Montenegro (404) mas à frente do Azerbaijão (389) e Quirguistão (325) – o lanterninha da lista. Os estudantes chineses de Xangai (com 577 pontos) conquistaram o campeonato do Pisa e a Finlândia (543) ficou em segundo.
O Pisa – coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – comparou o desempenho de nossos jovens na faixa de 15 anos para produzir indicadores sobre a efetividade de nossos sistemas educacionais e deve ter concluído que as milionárias famílias nordestinas não fizeram seu dever de casa ao longo de tantos anos no comando do Executivo em seus estados. Ao demonstrarem sua incapacidade para refletir e analisar, nossos jovens dão os sinais de que não serão capazes de enfrentar os desafios do futuro, não somente no aspecto intelectual, visto que este será um grave problema econômico.
Para o professor e pesquisador da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), do IBGE, José Eustáquio Diniz Alves, o Brasil terá uma janela de oportunidades entre os próximos dez e vinte anos – criada pela demografia para o desenvolvimento econômico. Em outras palavras, isso quer dizer o seguinte: findo esse prazo, nossa população vai parar de crescer e, por conseguinte, nossa boa e farta mão de obra começará a envelhecer vertiginosamente. Pelo atual desempenho de nossos jovens, teremos, no futuro, uma geração não muito brilhante de executivos, professores, pesquisadores ou profissionais liberais. Nossa competitividade irá para o ralo e seremos obrigados a importar executivos que virão aqui para gerir e mandar.

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