Saúde

Prevenção de câncer: mais um ‘superpoder’ da aspirina

Além de eficiente para prevenir de infartos e derrames, uso de aspirina em longo prazo pode reduzir chances de câncer em mais de 20%, indicam pesquisas
Há milhares de anos, a aspirina é a superdroga da humanidade. Extratos do salgueiro têm sido usados para alívio da dor desde a Grécia Antiga. Em 1897, um derivado sintético (ácido acetilsalicílico) do ingrediente ativo da planta foi criado. Isso permitiu que a aspirina se tornasse o remédio mais usado no mundo.

Recentemente, seus benefícios como uma droga capaz de afinar o sangue levaram a aspirina a ser receitada em doses baixas de cerca de 50 mg para reduzir o número de mortes por derrames e ataques cardíacos. Também existiam indicações de que a aspirina poderia ajudar a prevenir alguns tipos de câncer. Mas estas pistas eram, em geral, baseadas em estudos observacionais, que podem ser enganadores.

O padrão máximo da prova científica são os estudos de controle randomizados, de preferência aqueles realizados com muitos participantes e por um longo período de tempo. Os resultados de um estudo como este, publicado no Lancet, sugerem que a aspirina é, de fato, um remédio surpreendente. Os estudos foram iniciados para observar o quão útil o medicamento seria para prevenir infartos e derrames, mas os dados recolhidos a partir de 25,7 mil pacientes, em oito estudos, também trouxeram revelações sobre o câncer.

Em estudos com duração de quatro a oito anos, os pacientes que receberam aspirina eram 21% menos suscetíveis a morrer de câncer do que aqueles que receberam um placebo. Como os resultados se basearam em 674 mortes por câncer, é improvável que representem as mesmas anomalias estatísticas que ocasionalmente afetam os estudos de risco de câncer e viram manchete.

Os benefícios da aspirina também ficaram aparentes muitos anos após o fim dos estudos. Depois de cinco anos, as taxas de morte por câncer caíram em 35%. No caso do câncer gastrointestinal, a queda foi de 54%. Um acompanhamento em longo prazo mostrou que o risco de mortes por câncer em um período de 20 anos permaneceu 20% menor entre os pacientes que tomaram aspirina.

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