ELEIÇÕES ANGOLANAS - Após 37 anos, Angola terá um novo presidente

José Eduardo dos Santos nomeará ministro da Defesa como substituto no partido (Foto: Creative Commons)

Depois de quase quatro décadas no poder, o presidente angolano José Eduardo dos Santos anunciou que não vai participar das eleições gerais em agosto. Diferentemente do que os angolanos acreditavam, Santos não indicou um de seus filhos como substituto no partido, mas sim o atual ministro da Defesa João Manuel Gonçalves Lourenço, de 62 anos. A Constituição angolana não estabelece uma eleição presidencial, mas exige que o cargo seja ocupado pelo chefe do partido que ganha as legislativas.

Na última quarta-feira, 17, Lourenço foi aos Estados Unidos assinar um Memorando de Entendimento, um documento de cooperação, com o secretário americano de Defesa, James Mattis. Na ocasião, Lourenço também conversou com o jornal Washington Post e falou sobre suas promessas de campanha.

No ano passado, a economia angolana foi abalada pela queda do preço do petróleo e o governo de Santos foi criticado pela corrupção. Por isso, Lourenço prometeu aumentar a transparência e o investimento estrangeiro.

“Nós vamos combater a corrupção e queremos que investidores privados comandem a maior parte da economia. O setor público será limitado à reconstrução e à infraestrutura, e até nestas áreas nós vamos tentar ter parceiros privados. Em outras áreas, como aeroportos, vai ser 100% da iniciativa privada”, afirmou Lourenço.

As relações diplomáticas e a cooperação econômica entre Estados Unidos e Angola já acontecem há 24 anos. Em outras áreas, no entanto, não há tanto progresso. Em termos de segurança nacional, por exemplo, a única parceria é o fato de que o treinamento dos soldados angolanos é nos Estados Unidos. “Nós sentimos que isto não é suficiente e, por isso, decidimos assinar o memorando. Nós vamos cooperar em diferentes áreas como no combate contra o terrorismo ou na luta contra a pirataria no Golfo da Guiné. Os Estados Unidos são um país muito importante para nós no contexto internacional. Mas, por outro lado, a Angola também é importante para os Estados Unidos por causa de sua localização no Golfo da Guiné e porque a Angola tem muito mais recursos naturais para exportar”, disse Lourenço.Jornal de Angola

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