BREXIT R.UNIDO

Eleições em 12 de dezembro definirão desfecho do Brexit

EFE/EPA/ANDY RAIN

A Câmara dos Comuns, uma das duas que formam o Parlamento britânico, aprovou nesta terça-feira a antecipação das eleições no Reino Unido para 12 de dezembro, conforme desejado pelo primeiro-ministro, o conservador Boris Johnson, que tentará recuperar nas urnas a maioria necessária de deputados para ratificar o acordo de saída do país da União Europeia (UE) que foi pactuado com o próprio bloco.

Embora a proposta ainda não tenha passado pela Câmara dos Lordes, equivalente ao Senado, espera-se que ela supere todos os trâmites e receba o parecer favorável da rainha Elizabeth II antes de 6 de novembro, quando o Parlamento terá que ser dissolvido para cumprir os prazos estabelecidos pela legislação eleitoral.

O Partido Trabalhista, que durante semanas hesitou em apoiar a antecipação do pleito, acabou se juntando ao restante da oposição na aprovação da proposta, apesar de alguns de seus deputados terem manifestado reservas quanto ao plano.

Estas serão as terceiras eleições gerais em menos de cinco anos no Reino Unido e as primeiras a serem realizadas durante o inverno desde 1923. O país normalmente realiza suas votações em maio ou junho - um período mais quente no hemisfério norte - para incentivar a participação popular.

O "grid de largada" das eleições tem Johnson na pole position. De acordo com uma pesquisa divulgada nesta semana pela empresa YouGov, o Partido Conservador deve conseguir 36% dos votos, contra 23% do Partido Trabalhista, 18% dos Liberais Democratas e 12% do Partido do Brexit.

Com o país em uma encruzilhada política sem precedentes nas últimas décadas, espera-se, no entanto, que a campanha eleitoral seja acirrada e complexa.

O Partido do Brexit, de posição claramente anti-UE, ameaça enfraquecer os conservadores com a mensagem de que dois primeiros-ministros consecutivos dessa legenda (Johnson e Theresa May) não conseguiram até agora cumprir o que foi definido no referendo de junho de 2016, no qual 51,9% dos eleitores optaram pela saída do país da UE.

Johnson, por sua vez, tentará conseguir os votos daqueles que são a favor da saída do bloco com o compromisso de ratificar um acordo no Parlamento e de concretizar o rompimento em 31 de janeiro de 2020, no final do último adiamento concedido pela UE, sem permitir novas prorrogações.EFE

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