' ECOTERRORISTAS '

Salles chama ativistas do Greenpeace de ‘ecoterroristas’

Greenpeace revelou ter sido bloqueado pelo ministro nas redes sociais (Foto: Adriano Machado/Greenpeace)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chamou de “ecoterroristas” ativistas do Greenpeace que fizeram um protesto contra a falta de ação do Ministério do Meio Ambiente em relação à mancha de óleo no litoral do Nordeste na última quarta-feira, 23.

Usando tinta preta, os manifestantes reproduziram uma praia suja de óleo em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Após o protesto pacífico, os manifestantes foram detidos pela polícia, sendo liberados três horas depois, segundo informou o Greenpeace pelas redes sociais.

Em uma postagem no Twitter, Salles voltou a acusar o Greenpeace de não ajudar na limpeza das praias do litoral nordestino, chamou os manifestantes de “ecoterroristas” e disse que eles “depredam patrimônio público”, compartilhando um vídeo com a manifestação da ONG em frente ao Planalto.

O Greenpeace, por sua vez, respondeu diretamente a Ricardo Salles, afirmando que está ajudando na limpeza das praias através dos seus grupos de voluntários. Em imagens divulgadas pela própria ONG, diferentes pessoas com a camisa do Greenpeace aparecem limpando o óleo nas praias. Segundo a entidade, o Ministério do Meio Ambiente tenta mascarar a falta de ação na região jogando a responsabilidade pela limpeza para ONGs.

“O governo Bolsonaro e seus órgãos competentes estão falhando no combate às manchas de óleo no Nordeste. […] Enquanto isso, os cidadãos realizam, como podem, a limpeza das praias. Nos últimos dias, voluntários do Greenpeace, de outras entidades e cidadãos comuns também contribuíram com o esforço realizando atividades, ajudando em trabalhos de combate ao óleo e documentando os locais atingidos”, escreveu a ONG.

Após a resposta, o Greenpeace revelou que foi bloqueado por Salles no Twitter de Ricardo Salles, sendo impedido de fazer cobranças diretas ao ministro e responder acusações através da rede social. “Do que você tem medo, Salles?”, questionou a ONG.

Sobre o ato realizado em Brasília, o Greenpeace esclareceu que usou maisena, água, óleo de amêndoa e corante preto para ilustrar o óleo. Ademais, revelou que todo o ato em frente ao Palácio do Planalto foi limpo em menos de cinco horas e ironizou a atuação do governo federal.

“Menos de cinco horas depois, o Planalto já está limpo. Viu como é fácil, @rsallesmma? Seria lindo se o governo @jairbolsonaro agisse com a mesma rapidez para retirar o óleo das praias do Nordeste. Estamos aqui pra lembrar que ecoterrorismo é deixar sujar a praia e não o chão”, destacou a ONG.

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