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Não há dúvida de que Brasil ainda enfrenta um grande desafio, diz OMS

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Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan afirmou nesta segunda-feira, 29, que "não há dúvida de que o Brasil ainda enfrenta um grande desafio" em sua luta contra a covid-19. "Ele continua a reportar mais de 30 mil casos por dia", disse ele. "Uma resposta abrangente é necessária em todos os níveis e o nível de infecção está alto", destacou a autoridade da OMS.

"Há muitas situações desafiadoras no Brasil", analisou Ryan, mencionando a existência de áreas populosas nas cidades, com muitas pessoas vivendo em condições ruins, além de dificuldade para acesso em muitas áreas rurais. "Não podemos subestimar o tamanho e a complexidade de um grande país como o Brasil", afirmou, mas citando também o fato de que o País mostrou "tremenda capacidade" na área de saúde em ocasiões anteriores, seja combatendo doenças, seja no desenvolvimento de vacinas.

Ryan disse que o Brasil deveria "vincular os esforços dos níveis federal e estaduais de modo muito mais sistemático", em sua resposta à doença, pedindo um foco em "uma abordagem abrangente". Ele disse que é fácil criticar um país em particular, mas que é preciso que cada nação encontre seu caminho nessa luta. Sobre as Américas em geral, ele considerou a situação "difícil", já que a região representa a metade dos casos e quase a metade das mortes globais pela doença. O Brasil representa cerca de 25% dos casos e das mortes das Américas, apontou.

O diretor executivo disse que o pedido da OMS para que se evite a politização do vírus "vale nas duas direções". Segundo ele, pode haver o caso de que seja necessário dar apoio a um governo "que pode não ser nossa escolha preferida", mas é preciso haver unidade nacional contra o inimigo comum. "Não podemos continuar a permitir que a luta contra esse vírus se torne uma luta ideológica. Não podemos vencer esse vírus com ideologias."

Segundo ele, todos devem se questionar se estão fazendo o suficiente para conter o vírus. A líder da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, também comentou em seguida, dizendo que falaria sobre uma questão mais geral. "Precisamos que pessoas estejam conosco, com a ciência, conforme comunicamos isso a vocês, conforme adaptamos nossas diretrizes, modificamos nossas abordagens", argumentou. Sabemos o que funciona para suprimir a transmissão e para reduzir a mortalidade, vamos fazer isso." ESTADAO

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