ALERTA DA ONU

Mais de 100 ativistas de direitos humanos foram mortos na Colômbia em 2017

Ativistas assassinados foram mortos a tiros por pistoleiros (Foto: movimientodevictimas.org)

Mais de 100 ativistas de direitos humanos foram mortos na Colômbia em 2017. O alerta foi dado esta semana, pela Organização das Nações Unidas (ONU), que exortou o governo colombiano a aumentar a proteção aos ativistas e investigar os casos.

Segundo a ONU, o risco é particularmente maior para ativistas em regiões antes ocupadas pelas Farc, ex-grupo guerrilheiro que este ano oficializou sua transição para movimento político. De acordo com o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU na Colômbia, a saída das Farc deixou um vácuo nestas regiões, que abriu margem para uma disputa de poder por organizações criminosas. Mais da metade dos 105 ativistas assassinados foram mortos a tiros por pistoleiros.

Em 2016, foram mortos 127 ativistas de direitos humanos e líderes comunitários no país; em 2015 foram 59; e em 2014 foram 45. Segundo a ONU, os números deste ano mostram que a tendência persiste. “O comissariado nota com profunda preocupação a persistência nos casos de assassinatos de ativistas dos direitos humanos no país. […] Casos de assassinatos de líderes homens e mulheres e ativistas têm ocorrido em áreas de onde as Farc saíram, e onde foi criado um vácuo de poder pelo Estado”, diz a organização.

Uma das vítimas foi a líder comunitária Luz Jenny Montano, de 48 anos, morta a tiros por homens que passaram de motocicleta perto de sua casa na cidade de Tumaco, na costa pacífica da Colômbia. Segundo relatos locais, líderes comunitários que se pronunciam contra abusos de direitos humanos e ativistas que defendem o direito à terra são alvos para organizações criminosas, que enxergam seu ativismo como uma ameaça a seus interesses econômicos.

“O comissariado reitera que a prevenção dos ataques e das agressões contra ativistas dos direitos humanos envolve investigação, julgamento e punição dos responsáveis”, diz a organização, que ressaltou que a maioria das vítimas são afro-colombianos e membros de grupos indígenas.The Guardian

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