ESTUDO UNIVERSIDADE DO ARIZONA (EUA)

Objetos do cotidiano têm mais germes do se imagina

Ao contrário do que se imagina, lugares como um assento de vaso sanitário conseguem ser mais limpos do que muitos objetos do nosso cotidiano (Foto: Flickr)

Uma série de objetos que fazem parte do nosso cotidiano são muito propícios a ter germes e precisam ser limpos com frequência. É o caso de celulares, cartões, dinheiro, entre outros. Entretanto, outros objetos do nosso dia a dia passam despercebidos e poucos imaginam que concentram enormes quantidades de germes.

De acordo com o microbiologista Charles Gerba, da Universidade do Arizona, nos EUA, esses objetos carregam uma série de agentes patogênicos microscópicos, como a bactéria a Escherichia coli – mais conhecida como E. coli – e as salmonelas, que podem provocar várias doenças e até a morte. Apesar disso, felizmente a maioria dos germes encontrados nos objetos não causam grandes males à saúde.

Ao contrário do que se imagina, lugares como um assento de vaso sanitário conseguem ser mais limpos do que muitos objetos do nosso cotidiano. Segundo Gerba, isso se explica pelo fato de que esses lugares são limpos regularmente, justamente por acharem muito sujo, o que não ocorre com uma série de locais públicos.

Na lista de objetos bastante contaminados do nosso dia a dia está o botão do elevador. Assim como botões de semáforos e de ônibus, os de elevadores em edifícios comerciais e condomínios residenciais são apertados diariamente por milhares de pessoas. Segundo Gerba, pessoas usam transporte público tem seis vezes mais chances de ficar doente do que se caminhar ou dirigir. Apertar botões em locais públicos torna ainda mais direto o contato com germes.

Seguindo o mesmo princípio, objetos encontrados em uma área de descanso de um escritório são bastante infectados. É o caso das alças das cafeteiras, dos microondas e torneiras de pias, que são frequentemente utilizadas. Segundo um estudo de 2012, esses são os mais contaminados em um escritório.

Outro objeto da lista é o cardápio dos restaurantes. Manuseados diariamente por clientes e garçons, o cardápio não costuma ser limpo com a mesma frequência que as outras instalações dos restaurantes. O mesmo acontece com cadeiras dos restaurantes, embora os garçons limpem as mesas.

Gerba e sua equipe chegaram a encontrar 185 mil bactérias nos cardápios de restaurantes de três estados americanos – uma quantidade 100 vezes maior que a de um assento de vaso sanitário.

Já os objetos de uso mais pessoal, figuram na lista as malas, bolsas e carteiras. A explicação é que as pessoas costumam usá-las vários anos antes de jogar fora e não há o costume de lavar. Além disso, eles são deixados em mesas de cozinha, superfícies de banheiro e balcões de restaurantes fast-food.

Segundo um estudo realizado em 2015 liderado pela cientista Susheela Biranjia-Hurdoyal, 95% das malas, bolsas e carteiras analisadas apresentaram um nível bacteriano bem elevado, principalmente em bolsas de material sintético. Além disso, Gerba descobriu que um terço das bolsas femininas estava contaminada com material fecal, provavelmente por terem sido deixadas no chão de banheiros públicos.

Finalizando a lista estão os carrinhos de compras dos supermercados e as sacolas reutilizáveis. Em outro estudo, Gerba encontrou E. coli na barra de metade dos carrinhos e bolsas analisadas, além de outras bactérias. A E. coli está associada com material fecal de animais e humanos e pode provocar infecções graves.

O microbiologista explica que os carrinhos e as sacolas não são desinfetados com a mesma regularidade que os banheiros. Ele ainda alerta que, assim como as roupas, as bolsas precisam ser lavadas com frequência – com água sanitária ou água quente e colocando-as na secadora.BBC

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A surpreendente cratera de Xico

Por que não enxergamos estrelas verdes ou roxas?

Egípcia posa nua em blog e provoca indignação