Não é Ficção....

A um passo da impressão 3D de armas de fogo


Arma automática com carregador de plástico impresso em uma impressora 3D (Reprodução/NYT)

Cody Wilson, um estudante de Direito na Universidade do Texas, arrendou uma impressora 3D Stratasys há poucos meses. Ele queria imprimir uma arma. Mais do que isso, ele e o grupo que ele fundou, Distributed Defense (Defesa Distribuída), pretendiam desenvolver projetos para a impressão 3D de armas e peças de armas e distribuir esses projetos online. Os motivos de Wilson são abertamente políticos: ele diz que quer “[expandir] uma esfera livre de ação … em contraste com o regime regulamentar previsto… Qualquer um pode tê-la [uma arma caseira], qualquer um pode imprimi-la, qualquer pessoa pode usá-la”. A Stratasys não achou graça. Wilson disse que eles pegaram a impressora de volta antes que ele pudesse terminar a sua instalação.

Não satisfeita, a implacável Distributed Defense juntou dinheiro suficiente para, primeiro, alugar algumas impressoras 3D nos arredores de Austin, no Texas, e depois, para comprar duas das mesmas. No início deste mês Wilson e seus funcionários testaram com sucesso um carregador de plástico para uma AR-15, um dos fuzis mais populares no mundo, com 30 munições, que imprimiram na empresa. Eles chamaram a câmara de “Cuomo”, em homenagem ao governador de Nova York, que defendeu uma legislação que proíbe carregadores em fuzis com mais de sete espaços para balas. Outros empreendedores também já imprimiram com êxito a culatra, o gatilho e a alça da mira, embora não a câmara ou o cano de uma arma. Isso é muito mais difícil, mas os rápidos avanços da tecnologia estão deixando muita gente nervosa.

Um deles é Steve Israel, um deputado democrata de Long Island, que planeja introduzir uma legislação para atualizar e expandir, nos EUA, a Lei contra Armas de Fogo Indetectáveis. Esse projeto de lei proíbe o porte de armas de fogo que não podem ser detectadas ​​em máquinas de raios-X comuns. O deputado quer tornar carregadores de plástico ilegais também. Mas é mais fácil falar do que fazer isso. Banir partes de armas de plástico quando elas não existiam era uma coisa. Impor uma proibição quando qualquer pessoa com uma conexão à internet e uma impressora 3D pode fabricá-las é inteiramente outra.The Economist


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