Só vale Pitéu!...Contratando beleza
A Marylou’s Coffee, uma cadeia de lanchonetes da Nova Inglaterra,é mais conhecida por sua equipe do que por seu café.Vestidas com apertadas camisetas rosas e bermudas curtas, as garçonetes tendem a ser jovens e bonitas.Isso é ilegal? Em maio a imprensa revelou que a Comissão por Igualdade no Mercado de Trabalho estava investigando a Marylou’s por contratação discriminatória.(A CIMT ainda não pode confirmar a investigação).O que é pior, os jornais dizem que a investigação ocorreu sem que ninguém tenha reclamado por ter sido recusado em uma entrevista de emprego. Multiplicaram-se editoriais assinados nos jornais. Um escritor do Boston Herald proclamou: “É óbvio que a Marylou’s ‘discrimina’. Todo empregador ‘discrimina’.Se não o fizessem eu estaria trabalhando como um stripper em um clube de mulheres”.
O governo federal não tem nenhuma lei que proíbe a “discriminação por atratividade”. Apenas alguns lugares como Washington, DC e Santa Cruz e São Francisco na Califórnia tem provisões contra a prática. Em vez disso, processos prosseguem com base no fato de que costuma ser ilegal discriminar com base em gênero, raça, religião, deficiência física ou nacionalidade.A preferência dos consumidores por um determinado “visual” não pode ser a única base para tal discriminação, por que, nesse caso, lojas em áreas racistas poderiam se recusar a contratar funcionários negros. Em 2004, a CIMT processou a Abercrombie & Fitch, uma loja de roupas. A empresa afirmou que o visual de seus empregados era parte da estratégia de marketing. Mas, nas palavras de Justine Lisser, uma advogada da CIMT, “esse visual implicava que um empregado devia ser branco, jovem e fisicamente em forma.Caso você fosse jovem, estivesse em forma e fosse negro, seria relegado ao estoque”.A Abercrombie & Fitch pagou US$ 50 milhões como um acordo para acabar com o processo. The Economist
Comentários
Postar um comentário