Rádio MEC à beira da extinção?

Música clássica está perdendo espaço na programação da rádio MEC (Reprodução/Internet)

A rádio MEC, a mais antiga emissora do país e a única que mantém uma programação educativa e cultural, corre o risco de ser extinta, ou pelo menos de perder sua programação voltada para a música clássica. Na última sexta-feira, 25, o apresentador Lauro Gomes Pinto, do programa Sala de Concerto, se despediu dos ouvintes, anunciando que havia sido demitido e que o programa seria cortado. Lauro não foi o único.

De acordo com fontes ligadas à rádio, desde janeiro deste ano, centenas de profissionais da emissora no Rio estão sendo demitidos, entre os quais jornalistas, produtores executivos, apresentadores, locutores, operadores de áudio e técnicos de manutenção.

O motivo é que a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), empresa responsável pela manutenção da rádio, está sendo enxugada para que passe a cumprir uma missão marginal à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), fundada em 2007 para gerir as emissoras de rádio e televisão públicas. A mudança estava prevista na lei que criou a EBC, mas havia sido evitada até agora através de duas Medidas Provisórias (MPs), que conseguiram estender o tempo de ‘vida útil’ da Acerp, e consequentemente o emprego dos profissionais da estação três anos a mais que o prazo previsto em lei.

Uma petição pública para salvar a rádio MEC, lançada no site da Avaaz no último sábado, 26, já recolheu, em menos de dois dias, quase 3 mil assinaturas.

Consultada, uma funcionária da emissora disse apenas que as demissões são necessárias para “dar lugar a concursados”.

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