Na Cidade Universitária

Hospital Bettina se insere em programa nacional de assistência a estudantes

Passar no vestibular é um desafio, principalmente em uma instituição pública de ensino. Mas talvez maior que isso é conseguir se manter na universidade devido aos gastos que estudantes têm com materiais, livros, fotocópias, alimentação, transporte, congressos e em alguns caso, moradia e saúde. Dados do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos

Comunitários e Estudantis (Fonaprace) mostram que 65% dos estudantes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do País precisam de algum tipo de ajuda para se manterem na universidade, mas somente 13% são atendidos.

Para tentar melhorar essa situação e ajudar a garantir as condições de permanência dos estudantes nas Ifes, o Hospital Bettina deu um passo importante. Durante reunião, ocorrida na manhã desta segunda, 21, no HUBFS, foi discutida a participação do Bettina Ferro no Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). O Pnaes foi implementado em 2007 e objetiva manter condições de permanência dos estudantes, em especial os de baixa renda e que vivem situação de vulnerabilidade socioeconômica.

No programa a direção do hospital se comprometeu a garantir atendimento médico aos estudantes da UFPA. O serviço está em fase de planejamento e será implementado ainda este ano. Participaram da reunião, na sala da direção geral, o professor Paulo Amorim, diretor geral do HUBFS, a professora Yasue Yokoyona, coordenadora Acadêmica, e técnicos da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA, que por meio da Diretoria de Assistência e integração Estudantil,coordena o programa na Universidade.

Levantamento - O Fonoprace, em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Sipe-Brasil (Sistema de Informação do Perfil do Estudante), responsável pela metodologia da pesquisa e pelo sistema de cadastro, realizou levantamento em 2004 e este demonstrou que 43% dos universitários tinham renda familiar de até R$ 927,00. No perfil geral, eram jovens, solteiros, mulheres em sua maioria, sem filhos e moravam com a família. Com a implementação de ações afirmativas, como o sistema de cotas, há a expectativa de que esse perfil sofra alterações, sobretudo em relação à renda familiar.

Por Cleide Magalhães- ASCOM/HUBFS