"Quem sabe faz a hora...não espera acontecer"
Aprovado projeto de apoio psicológico ao Implante Coclear
O projeto de Implante Coclear do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza ganha força a cada dia. Recentemente, a Pró-Reitoria de Extensão (Proex), da Universidade Federal do Pará (UFPA), aprovou o projeto “Acompanhamento Psicológico no Programa de Implante Coclear do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza”, coordenado por Maria Tereza Nassar, mestre em Psicologia Clínica, que já atua junto à equipe multidisciplinar do “ouvido biônico”, denominação popular pela qual o implante é conhecido.
Segundo a psicóloga, o objetivo do projeto é acolher as possíveis angústias dos pacientes e seus familiares envolvidos com o implante coclear e leva em consideração problemas emocionais que se desencadeiam não somente com a perda total da audição do paciente, mas também com a perspectiva de submeter-se à cirurgia e, conseqüente, à efetivação do implante coclear.
“O acompanhamento psicológico a que este projeto contempla é feito desde a tomada de decisão da pessoa a fazer o implante, até a fase de habilitação e adaptação ao aparelho implantado. De um modo geral, todo procedimento cirúrgico mobiliza expectativas e angústias que variam em intensidade de um paciente para outro. Contudo, na medida em que vão se conscientizando dos benefícios e das vantagens que obterão com o implante, paulatinamente, a angústia vai se transformando em uma expectativa boa e esperança”, afirma.
Nesse contexto, os familiares dos pacientes têm importância fundamental e, de acordo com o projeto, eles serão convocados a participar de forma efetiva desde o início do processo. “O paciente precisa saber e sentir que conta com sua família e que tem seu apoio, mesmo porque o pós-operatório demandará cuidados físicos ao paciente. A família é uma retaguarda da qual não se pode prescindir”, considera a psicóloga.
À elaboração do projeto, Maria Nassar ressalta que teve o apoio de toda a equipe do Projeto de Implante Coclear e que a partir dele surge ainda oportunidade de desenvolver pesquisas e, consequentemente, a produção de trabalhos científicos, a partir do acompanhamento psicológico feito aos pacientes e seus familiares.
“Abre-se um campo para a extensão na UFPA com a disponibilidade de bolsas via Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) para alunos que venham a participar do projeto. A Proex já liberou uma bolsa para alunos do curso de Psicologia da UFPA. O estudante participará das atividades que serão realizadas no acompanhamento psicológico dos pacientes e seus familiares - sejam estas individuais e de grupo, bem como no registro e organização de dados para estudos e pesquisas posteriores”, explica.
Por Cleide magalhães-ASCOM/HUBFS
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