Pornografia X Internet

Pais devem conversar com seus filhos sobre pornografia?

Jovens revelam ter visto pornografia no laptop de colegas na escola (Reprodução/Internet)

A era da internet trouxe um novo desafio àquela inevitável, e às vezes temida, conversa que pais têm com seus filhos. Hoje, além de terem que explicar o que é sexo cada vez mais cedo, os pais enfrentam um dilema nesse momento: conversar sobre pornografia. O motivo é a internet, já que esse tipo de material pode aparecer na tela do computador acidentalmente como resultado das buscas mais “inocentes”, digamos assim, ou mesmo buscas deliberadas incitadas pela curiosidade adolescente.

A internet está presente em tantas telas (smartphones, tablets e laptops) que é quase impossível evitar que seus filhos esbarrem com sexo explícito em algum momento. Alguns jovens revelam ter visto pornografia no laptop de colegas na escola. Diante disso, pais devem encarar esse dilema da atualidade e decidirem se é melhor tentar proteger os filhos ao máximo de material explícito ou aceitar que a pornografia é tão onipresente que se tornou um fato da vida que deve ser conversado.

A forma de lidar com o assunto varia. Alguns pais instruem os filhos a fechar janelas e sites de conteúdo explícito assim que aparecem, outros buscam ser mais flexíveis, controlando o conteúdo quando as crianças são menores e diminuindo um pouco, e conversando, quando já são adolescentes. Em entrevista ao New York Times, Chaz (que preferiu não usar o sobrenome para proteger seus filhos), um consultor de software e pai de duas crianças disse se lembrar de aos 14 anos estar desesperado para dar uma espiada na revista Playboy. “Seria muita tolice minha achar que meu filho não é assim”, disse.

A conversa sobre pornografia que ele teve com o filho de 12 anos, aconteceu por conta de instalação de um aplicativo do iTunes que mostra 1.001 fotos de seios. Ao invés de brigar com o filho pela compra, ele sentou para conversar, disse que havia instalado um filtro, OpenDNS, na rede doméstica deles para bloquear os tipos mais pesados de conteúdo e que era natural ter curiosidade. Chaz avisou ainda que se ele planejava buscar material explícito, deveria se ater a um site em particular, ao qual ele permitia acesso, que tem fotos de mulheres nuas não muito mais picantes do que as da Sports Ilustrated.

Alguns pais não reagem tão calmamente, o que especialistas afirmam pode ser ainda pior. Reações exageradas, como brigar com os filhos por eles terem acessado pornografia, criam um problema maior, pois fazem com que eles se sintam envergonhados e não fiquem à vontade para fazer perguntas por medo de serem julgados ou punidos.

New York Times

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