Desigualdade e Crescimento economico

Progressismo verdadeiro

É necessário voltar os gastos governamentais para os pobres e jovens (Reprodução/Michael Morgenstern)

A política contemporânea precisa passar por uma nova “era progressista” a fim de desenvolver maneiras de mitigar a desigualdade sem prejudicar o crescimento econômico. Eis a nossa sugestão para um plano Realmente Progressista, que rouba ideias tanto da esquerda quanto da direita para enfrentar a desigualdade de três maneiras sem prejudicar o crescimento.

Competição, meta e reforma

A prioridade deveria ser atacar monopólios e interesses protegidos, sejam eles empreendimentos estatais chineses ou grandes bancos em Wall Street. Os países emergentes, em particular, precisam incorporar mais transparência em contratos governamentais e leis antitruste eficientes.

Em seguida, é necessário voltar os gastos governamentais para os pobres e jovens. Nos países emergentes, recursos demais são direcionados para subsídios universais a combustíveis, o que favorecem desproporcionalmente os ricos (na Ásia), e aposentadorias absurdas, que em geral favorecem os relativamente ricos (na América Latina). No entanto, o maior alvo de reformas é o estado de bem estar social do mundo rico.

Por último, os impostos devem passar por reformas: não para punir os ricos, mas para arrecadar dinheiro de modo mais eficiente e progressivo. Em economias mais pobres, onde a sonegação de impostos é comum, o foco deveria se voltar para alíquotas mais baixas e uma supervisão melhor. Nas ricas, os principais ganhos adviriam da eliminação de descontos que beneficiam particularmente os ricos.The Economist

Comentários

  1. Quem explica a situação das nossas universidades públicas é um experimento já realizado que consistiu em introduzir um grupo de macacos em habitat com dois montes de bananas, sendo um de boas e outro só dessas já podres. E toda vez que algum se dirigia para as bananas boas levava um banho de água gelada até desistir e ir comer das podres. Quando todo não mais se dirigia para as bananas boas era introduzido um novo grupo e quando algum do novo se dirigia para o monte de bananas boas os demais lhe davam uma sorva, e a paz no grupo era atingida quando nenhum fazia mais isso, coisa que rapidamente acontecia. Depois disso, só depois da décima geração é que algum conseguia comer alguma banana boa sem apanhar muito.

    Dito isso, a ditadura tinha um drama: não queria educação de qualidade para o povo e precisava, ante suas propagandas de progresso tecnológico, de doutores/pesquisadores. Para tanto, tomou empréstimos bilionários no exterior e fez dois investimentos:
    1 - para o povo uma coisa chamada Mobral, que consistia de cartilha e o docente podia ser qualquer que que soubesse ler, pois o povão só precisa saber o essencial para escrever o próprio nome e pegar ônibus, porquanto, coisa de custo quase zero.

    2 – Para a elite, já que o diploma daria acesso aos altos cargos, e atender os seus propósitos em tecnologia investiu em universidade pública. E foram logo duas no mesmo corpo: uma de graduação sob o auspício leniente do MEC (lembro que o importante era diploma e não o saber) e outra em pós na tutela do CNPq/Capes/MCT com investimento, bolsa para aluno e pagamento extra para docente, e processos razoáveis de acompanhamento de desempenho.

    Como essas duas partes se equacionam, no geral, é da seguinte forma: para produzir em condições de atender pós, 10% de cada turma de ingressante já uma produtividade estupenda. E nisso, a graduação das públicas sempre foram soberbas. Pois, somos a nação que mais diploma em doutorado no mundo. Nesse tocante USP é o carro chefe, reconhecida mundialmente como a que mais diploma em doutorado e em todo curso deste há gente de várias públicas.
    E que acontece com os 90% restantes de cada turma? Vira lixo acadêmico. Mas... não é disso que se vai produzir docente para a escola básica? Desde de quanto a ditadura quis isso? Um jato de água fria que essa jogou em todos foi para destruir o mínimo do que compõe formação docente quebrando preceitos essenciais disto: isolando-os e criando a imbecilidade de ser possível diplomar numa área um sujeito que sabe tudo. Ou seja, o processo de diploma docente leva o sujeito a desenvolver até preconceitos contra as demais outras áreas - caso até de briga pelos corredores entre licenciandos de cursos diferentes, porquanto, quando estiverem na escola não vão interagirem-, além de leva-los acreditar a graduação lhe deu tudo que precisava por toda vida de docente, porquanto, nunca mais precisarão aprender mais nada, não vão quere mais de fato e, no máximo, apenas tirar mais diploma para ter aumento de salário.

    Por que isso explode com rede pública e deixa rede privada quase salva, pelos menos em condições de faturar um pouco? Quem tiver interesse em ensinar na rede privada vai estudando por fora e essas mesmas oferecem estágios, quase sempre não remunerado, para os que essas acharem com algum rendimento razoável.


    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A surpreendente cratera de Xico

Por que não enxergamos estrelas verdes ou roxas?

Egípcia posa nua em blog e provoca indignação