PRODUTOS À BASE DE TALCO

Johnson & Johnson é investigada sobre segurança de produtos

A Johnson & Johnson já enfrenta aproximadamente 13 mil processos contra seus produtos (Foto: Flickr/Mike Mozart)

A empresa Johnson & Johnson está sendo investigada pelo Departamento de Justiça e Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos sobre uma possível contaminação de amianto em produtos como seu popular talco de bebê e outros produtos à base de talco.

Em um comunicado, a Johnson & Johnson afirmou que está “cooperando com as investigações do governo e reunindo documentos em resposta” às intimações recebidas. Em paralelo, a empresa relatou que “as investigações estão relacionadas a notícias” sobre um processo que enfrenta de consumidores que alegam ter contraído câncer devido aos seus produtos.

Em dezembro do ano passado, o New York Times e a Reuters divulgaram um documento que apontava que a empresa há décadas estava ciente dos possíveis danos causados pelo amianto presente nos produtos com talco. A Johnson & Johnson batalhou para manter essas informações negativas longe de seus consumidores. Desde que este fato foi divulgado, as ações da empresa caíram consideravelmente e, até o atual momento, não se recuperaram totalmente.

A Johnson & Johnson já enfrenta aproximadamente 13 mil processos contra seus produtos, nos quais os consumidores alegam ter contraído câncer de ovário ou mesotelioma após a utilização contínua dos mesmos. Em nota, a empresa afirmou que todos os seus produtos passam por anos de testes em laboratórios de máxima qualidade e que não possuem amianto.

Alguns tipos de produtos foram a julgamento e a Johnson & Johnson conseguiu recorrer em alguns casos. Em um deles, o júri havia concedido US$ 4,7 bilhões a 22 pacientes com câncer de ovário.

Na semana passada, uma das principais fornecedoras de talco da Johnson & Johnson, a empresa Imerys Talc America, optou por declarar falência de suas atividades. Ela afirmou que, embora os processos que desafiam a segurança do talco fossem “inteiramente sem mérito”, não queria “litigar essas reivindicações perpetuamente e incorrer em milhões de dólares em custos legais projetados para se defender desses casos”.The New York Times

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