Nos céus, o olho imperturbável


Veículos Aéreos Não Tripulados (Fonte: Reprodução/Aero Vironment Inc.)

VANTs são usados até por ambientalistas para rastrear embarcações baleeiras japonesas, o que significa que a posse de tais veículos não é mais prerrogativa apenas das Forças Armadas. Corporações policias por todo o mundo certamente estão desejosas de pôr as mãos em aeronaves pequenas e sem pilotos que os ajudem a interceptar criminosos em fuga e monitorar cenas de crimes do alto. Com preços de pouco mais (e às vezes um tanto menos) que os US$ 40 mil de um carro, uma nova geração de micro-VANTs está sendo fabricada para substituir helicópteros policiais cujos custos começam em US$ 1,7 milhão. E as polícias não são as únicas ansiosas por botar suas mãos na tecnologia desenvolvida para atacar esconderijos de terroristas no Afeganistão e no Paquistão. Qualquer atividade civil que possa ser melhorada por uma vista aérea – o monitoramente do tráfego, a checagem de cabos elétricos e tubulações, a inspeção de florestas e lavouras, a captura de fotos aéreas, a detecção de focos de incêndio – pode se beneficiar com o uso de VANTs.

O uso indiscriminado de tais veículos, contudo, levanta questões. Algumas são de segurança: cada nova aeronave no ar aumenta o risco de queda ou colisão. Outras são de privacidade: as atividades ao ar livre devem ser monitoradas, ainda que alguém se encontre em seu próprio terreno? Nos EUA, em particular, estas questões estão ao menos sendo debatidas. A FAA está produzindo uma regulação que permitirá a veículos não tripulados operar no espaço aéreo público desde que não cause prejuízo a outras aeronaves e às pessoas no solo.
The Economist

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