Ideias Verdes

Não é Real! Você sabe o que são e para que servem as moedas sociais no Brasil?

Saracuruna, Palmas, Cocais, Mate, Maracanã. Esses são algumas das moedas, com nomes carregados de símbolos, que complementam a ação do Real no Brasil. O Banco Central contou uma centena de moedas, mas a especialista em moedas sociais Heloísa Primavera já identificou mais de 400.


Mas afinal, do que estamos falando?
Moedas complementares ou sociais são inventadas por uma comunidade, um bairro ou uma associação e surgiram a partir dos clubes de troca. Não valem como reserva de valor, portanto, mas apenas como meio de troca para se vender e comprar produtos ou serviços com um grupo ou em uma região delimitada.
O Banco Central dá o lastro da moeda, mantendo uma quantidade de dinheiro em Real disponível para troca no banco comunitário. Esse, por sua vez, é formado por pessoas do bairro e o grande responsável pela gestão da moeda complementar.

Tá, mas por que usar moedas complementares?

O grande trunfo da moeda social ou complementar é que ela faz a economia girar localmente, dando um gás na vida econômica de regiões pobres. Afinal, um bairro pobre não significa um bairro sem trabalhadores remunerados, certo? Com a moeda social, o trabalhador (que gastaria seu suado dinheirinho em um mercado de outro bairro mais comercial) prefere trocar seu Real pela moeda local e gastar a grana no seu próprio bairro. Ele faz isso porque os comerciantes que aceitam a moeda complementar dão um desconto (entre 5 e 15%) para quem compra com essa moeda.
A sacada, portanto, é desenvolver o comércio local promovendo inclusão social (por isso as moedas são mais chamadas de “sociais” do que “complementares”). De quebra, o desenvolvimento local traz inúmeros benefícios para o meio ambiente, como, por exemplo, a menor emissão de gases estufa, já que há menos deslocamentos.
Estudos da Universidade Federal da Bahia também atribuem às moedas locais o aumento da autoestima de bairros carentes. Segundo os pesquisadores, a moeda tem também um valor cultural e deixa a população mais orgulhosa do lugar onde vive. Um sentimento sem dinheiro ou especulação imobiliária que pague!Por Ana Carolina Amaral

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