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Hospital Bettina vacina no Dia “D” da Campanha contra H1N1

O Hospital Bettina Ferro de Souza (HUBFS), que pertence ao Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA), abraçou o Dia “D” da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe H1N1, do Ministério da Saúde, e imuniza neste sábado, 30, o grupo de risco da ação. A vacinação acontece das 8h às 17h, no auditório do hospital, na UFPA, campus Guamá, com entrada somente pelo portão VI da instituição, na avenida Perimetral. De terça, 3, a sexta, 6, pela manhã e tarde, a vacinação será somente para os servidores do Bettina Ferro.

No sábado, 30, podem receber a imunização grávidas, crianças de 6 meses a 4 anos, trabalhadores da área da saúde, mulheres lactantes, índios, presidiários, funcionários do sistema penal, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, pessoas a partir de 60 anos, hipertensos, renais crônicos e diabéticos.

A enfermeira Neliane Platon, presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Bettina Ferro, informa que “quem tiver a carteira de vacinação é importante levar e os portadores de doenças crônicas precisam ter em mãos a orientação do médico sobre a necessidade da vacina”, esclarece a enfermeira.

Existem dois tipos da vacina contra o H1N1: a trivalente e a quadrivalente. A primeira contém vírus inativo de H1N1, H3N2 e uma cepa (tipo) de influenza B; a outra apresenta, além desses três tipos de vírus, outra cepa de influenza B, deixando o organismo com uma cobertura mais abrangente. A vacina serve para incentivar a produção de anticorpo contra a doença. A campanha do Ministério da Saúde disponibiliza o primeiro tipo.

H1N1 - No Pará, a campanha contra o H1N1 foi antecipada e começou no último dia 18, em princípio em Belém e somente para grupos prioritários. O H1N1 é uma recombinação entre o vírus humano e o suíno – circula no mundo todo. O avanço recente no número de casos registrados no Brasil se dá pelo aumento de virolência, ou seja, o vírus ficou mais agressivo, com ação mais danosa.
A confirmação do diagnóstico é feita após análise da secreção do paciente nos primeiros dias. No Pará, dois lugares estão aptos para fazer os exames: o Instituto Evandro Chagas e o Laboratório Central (Lacen), porém não são todos os casos que são submetidos à análise.

Prevenção – A gripe provocada pelo H1N1, em muitos casos, dura em média de sete a dez dias. Os sintomas são parecidos com a dengue, exceto as complicações por problemas respiratórias. O quadro apresenta tosse, febre alta, coriza, espirro, dor de cabeça e no corpo e abatimento. O contágio se dá via partículas respiratórias, como tosse e espirro.

O tratamento inicial é com o mínimo de medicamento, vitamina C e a ingestão de bastante líquido, além de repouso. Deve-se tomar remédios sintomáticos, ou seja, para febre, tosse, sempre que precisar, porém sob prescrição médica. Diante de sinais de insuficiência respiratória (dispnéia), cor arroxeada dos dedos e boca (cianose) e batimento de asa de nariz (mais comum em crianças pequenas), o indicado é procurar um atendimento médico para que, se necessário, seja feito um tratamento a base de Tamiflu.

Diante dos recentes casos, é preciso tomar cuidados simples e básicos para evitar a doença. Lavar bem as mãos com água e sabão, fazer constantes higienizações com álcool em gel e não ficar em lugares com grande concentração são algumas ações cotidianas que ajudam na prevenção.

Dados - A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa, por meio do Departamento de Epidemiologia, que o Pará no ano de 2015 apresentou um total de 186 casos notificados de Síndrome Respiratória Gripal Grave (SRAG). Destes, doze casos foram ocasionados por Influenza-H1N1. Ainda em 2015, o Estado apresentou um total de 19 óbitos, tendo como causa básica a SRAG e somente um foi por Influenza-H1N1.

No Estado do Pará, segundo dados registrados entre 01 de janeiro e 08 de abril de 2016, foram notificados 99 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Destes foram confirmados 16 casos para influenza A (H1N1), 22 casos de SRAG não especificada e 03 para Metapneumovirus Humano. Além deles, 58 estão aguardando resultado.

O município de Belém, capital do Estado, concentra o maior número de casos notificados de SRAG, perfazendo um total de 52 ocorrências suspeitas, das quais 11 foram confirmadas parao vírus Influenza A H1N1 e 02 de metapneumovírus.

Em 2016, até o último dia 18, foram confirmadas três mortes por H1N1 no Pará, todas ocorridas em Belém, vitimando duas crianças de dois anos, e um paciente de 66 anos. Segundo o quadro clínico, uma criança apresentava pneumopatia crônica e a outra pneumopatia e doença neurológica crônica. O outro paciente, mesmo sendo o único que veio a óbito com histórico de vacina contra a gripe, já era portador de doença renal crônica, diabetes e cardiopatia crônica.

Texto: Cleide Magalhães – Ascom/HUBFS/UFPA, também com informações da Ascom/Sespa.

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