Preservativos chineses à prova de vírus


Maioria dos compradores de preservativos na China é mulher (Reprodução/Internet)

Quando têm que escolher um produto que já foi chamado de “uma armadura contra o prazer, e uma teia de aranha contra infecções”, as pessoas tendem a se ater a marcas de confiança. É por isso que camisinhas bem conhecidas como Durex e a norte-americana Trojan tendem a dominar o mercado. E é por isso que a Safedom, uma nova fabricante de camisinhas de Pequim, foi recebida com tanto ceticismo quando visitou a Europa à procura de um parceiro. Como poderia a empresa chinesa acabar com as dúvidas de que seus produtos são confiáveis o suficiente?
Sua resposta foi uma demonstração. Mergulhadas em uma solução contendo um vírus, as camisinhas da Safedom mantiveram fora o líquido perigoso. Camisinhas de marcas ocidentais proeminentes pareceram deixar uma pequena quantidade entrar. Após o teste ser realizado em reuniões, disse um executivo da Safedom, “a atmosfera mudou completamente”.
Mesmo alegando produzir a primeira camisinha completamente à prova de vírus– ainda a ser confirmado por agências internacionais – a Safedom acredita precisar do apoio de uma marca europeia para obter sucesso fora da China. Juntando-se a uma lista de empresas chinesas que recentemente fecharam negócios na Europa, uma parceria com uma firma europeia vai ser anunciada em breve.
A Safedom pretende então ainda juntar-se à Durex e a outros gigantes na Europa e em outros lugares. Fundada em 2006, a empresa cresceu rapidamente dentro de seu país natal. Em 2012, 1 bilhão de suas camisinhas devem ser vendidas na China, o equivalente a cerca de 8% do mercado doméstico. A maioria dos chineses costumava usar camisinhas distribuídas de graça pelo governo. Agora, os que têm dinheiro suficiente preferem comprar suas próprias camisinhas.
Brian Fu, chefe da Safedom, elogia a perícia e a gestão de negócios europeias, mas tem sua própria engenhosa estratégia para aumentar as vendas: colocar as mulheres como alvo. Quatro quintos dos compradores das camisinhas da Safedom na China são mulheres, enquanto na maioria dos grandes mercados, incluindo a China, apenas cerca de 40-50% dos compradores de camisinhas são mulheres.

The Economist

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