Top 10: países mais perigosos do mundo


Países mais perigosos são aqueles com mais poder (Reprodução/Foreign Policy)

Por David Rothkopf

10. Venezuela

Ok, Chavez não vai começar nenhuma guerra mundial. Mas pense em seu alcance desagregador ao redor do hemisfério, seu apoio às FARC e seu cultivo de laços com Rússia, China e o Oriente Médio e fica claro que esse é o personagem mais provável de causar mais danos para muitas vidas na América Latina no futuro próximo.

9. Iraque e Arábia Saudita (empate)

O capítulo final ainda não foi escrito no Iraque. Sadam pode não ter se mostrado uma ameaça tão grande quanto Bush o fez parecer, mas a fragmentação de seu país (especialmente no Curdistão) pode ser muito desestabilizadora na região e criar sérios problemas com a Turquia, o Irã e a Rússia. Os sauditas apoiam o terror, o futuro de sua sucessão é sombrio, eles podem ser um dos primeiros a responder ao programa nuclear iraniano com seu próprio programa, e eles controlam a OPEP. É difícil não incluí-los também.

8. União Europeia

A Europa deveria ser uma fonte de estabilidade para o mundo. Mas uma UE sem um mecanismo de política externa efetivo, sem a habilidade de amparar sua parte do fardo militar associado com manter o mundo a salvo, com um euro vacilante e com membros demais cria um grande vazio onde o mundo precisa de força. Às vezes a maior ameaça vem daqueles que poderiam se manifestar para preservar a estabilidade, mas não o fazem.

7. Nigéria e Congo (empate)

A Nigéria é o maior país em um continente que é cada vez mais importante para o mundo pelo petróleo e outros recursos. É um grande ator na cena global de energia. E enfrenta múltiplas ameaças tanto internamente quanto de uma vizinhança realmente assustadora. O Congo é o local do conflito mais letal do mundo na última década e é metáfora e ponto central do tipo de divisão regional que faz da instabilidade na África uma das coisas mais preocupantes para os comandos militares dos Estados Unidos e da Europa.

6. Israel e Palestina (empate)

Esse é um lugar perigoso, com certeza. Movimentos hostis de cada lado podem desencadear uma instabilidade regional que impactaria mercados globais de energia e chamaria atenção para cada grande potência mundial. O único motivo para essa ferida inflamada estar ranqueada tão baixo: todos estão tão acostumados com ela que é mais provável que tenha consequências restritas mesmo que se aqueça até ferver por períodos extensos.

5. Irã

O Irã pode ser uma força regional importante para estabilidade. Mas a curto prazo isso parece pouco provável. Enquanto isso, se o programa nuclear iraniano desencadear uma corrida armamentista regional, isso pode aumentar em muito a chance de que algum programa nuclear acabe nas mãos de alguma instituição não estatal.

4. Rússia

Eu a ranqueio depois do Paquistão porque a probabilidade de que o desejo de fazer parte do sistema mundial acabe suprimindo os impulsos mais perigosos do país é maior na Rússia. A curto prazo, os russos provavelmente são mais perigosos como promotores da desordem regional e dos atritos diplomáticos do que como uma ameaça militar direta a qualquer um fora de sua vizinhança imediata. Se eu estivesse naquela vizinhança, no entanto, ficaria desconfortável. Além de tudo, a imagem mais recente de um Putin de tronco nu nas costas de um cavalo me preocupou.

3. Paquistão

Paquistão mal é um Estado operante nas partes do país onde o governo tem algum controle. E o resto do lugar? Existem partes que nunca admitiram a ideia de uma nação paquistanesa. Então adicione a isso armas nucleares, o impacto na Índia e no Afeganistão, a Al Qaeda e o Talibã, e o país que virou símbolo do Islã radical é o lugar com grande potencial para enfrentamentos explosivos, algo muito complicado para o mundo nos próximos anos.

2. China

Eu não acredito que a China seja uma ameaça militar aos Estados Unidos ou a qualquer um neste momento ou num futuro próximo. Ela está no topo da lista pelo mesmo motivo que o país número um está: os países mais perigosos são aqueles com mais poder. Eles flexionam seus músculos…econômico, político ou militar…e têm o maior impacto. No caso da China, o país não assume um papel no sistema internacional proporcional ao seu poder, e isso vai desequilibrar o sistema. (por exemplo: se o programa nuclear do Irã é uma ameaça e a China poderia fazer a diferença em contê-lo, mas não o faz, a China acaba contribuindo para a ameaça). Além disso, eles têm conflitos internos que podem tê-los mantido focados no interior do país por um longo tempo. Alguns destes conflitos internos, como o preconceito contra os Uigures por exemplo, pode levar a China a uma batalha com o mundo islâmico que poderia se espalhar pela Ásia Central.

1. Estados Unidos

Eu geralmente acredito que os Estados Unidos são uma força para o bem no mundo e estou inclinado a acreditar que esse é o objetivo da atual administração. Mas não se pode negar que o país que mais agressivamente atingiu o mundo militarmente na última década foi os Estados Unidos. Além disso, e mais importante, seguindo a lógica da UE e da China mencionadas acima, ninguém tem mais poder do que os Estados Unidos. Isso significa que ninguém pode causar mais estragos com um erro ou mesmo com falta de ação. Como nos casos da China e da UE, a economia, os erros norte-americanos punem o planeta e há poucas evidências sugerindo que eles tomaram medidas para evitar outra crise como a de 2008-2009. Pergunte a si mesmo: o que mais feriu pessoas no planeta, brutalidade terrorista ou a venalidade de Wall Street?

Fonte:Foreign Policy

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