A próxima grande revolução tecnológica?

Impressão 3D:
Os operadores de máquinas que transformam dígitos binários em moléculas estão desbravando todo um novo modo de fazer as coisas.

Tecnologia em 3D será a nova ruptura tecnológica? (Reprodução/LLC)

O que provavelmente será a próxima grande ruptura tecnológica está fermentando discretamente, longe dos holofotes, em pequenas oficinas, laboratórios universitários, garagens e porões. Os operadores de máquinas que transformam dígitos binários em moléculas estão desbravando todo um novo modo de fazer as coisas – um modo que pode reescrever as regras da produção de manufaturas do mesmo modo que o computador pessoal tornou o mundo tradicional da computação obsoleto.

As máquinas, chamadas de impressoras 3D, já existem no setor há anos. Mas a um custo que vai de US$ 100 mil a US$ 1 milhão, poucas pessoas podiam ter uma. Felizmente, como tudo que é digital, o seu preço caiu. Hoje em dia, pode-se adquirir uma impressora 3D por US$ 15 mil, e versões domésticas custam pouco mais de US$ 1.000. “De certo modo, a comunidade de impressão 3D se assemelha à comunidade de computação pessoal do início do início dos anos 90”, afirma Michael Weinberg, advogado do Public Knowledge, um grupo de pressão sediado em Washington, DC.

Especialista em propriedade intelectual, Weinberg produziu um estudo que documenta a trajetória provável do desenvolvimento da impressão 3D e como a tecnologia poderia ser afetada pela lei de patente e copyright. Ele não é nem um pouco otimista com relação às perspectivas da área. O seu principal medo é que a tecnologia imberbe tenha suas asas cortadas por produtores de manufaturas convencionais, que sem dúvida detectarão uma ameaça à sua fonte de renda e farão tudo que estiver a seu alcance para sabotá-la. Devido ao poder das impressoras 3D de produzir réplicas perfeitas, os grandes produtores provavelmente tentarão impor a imagem de uma “máquina de pirataria”.

Os fabricantes de marcas famosas têm competido com cópias desde o início dos tempos. Existem vizinhanças inteiras em Hong Kong, Bangkok e até mesmo Tóquio dedicadas à venda de cópias de bolsas, relógios e sapatos de grife. A China inundou o mundo com peças de reposição baseadas em projetos pirateados dos fabricantes de equipamento originais.The Economist

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