CPI DELAÇÃO DA JBS

Janot é convidado a depor e seu braço direito pode ser investigado

O requerimento de convite para o depoimento de Janot foi aprovado na comissão de maneira simbólica e teve apenas um voto contrário

Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar a atividades do grupo JBS decidiu na quinta-feira, 21, que convocará o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e seu ex-chefe de gabinete, o procurador Eduardo Pelella, para depor. A comissão também aprovou a convocação do ex-procurador Marcelo Miller, suspeito de atuar em favor da JBS.

O requerimento de convite para o depoimento de Janot foi aprovado na comissão de maneira simbólica e teve apenas um voto contrário, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O deputado Delegado Francischini (SD-PR), um dos sub-relatores da comissão, manifestou preocupação com uma possível retaliação ao ex-procurador-geral, embora tenha votado a favor do convite. “Não concordo que ele venha como investigado ou como retaliação, mas que ele venha para contribuir com a comissão. Não temos qualquer fato concreto que indique qualquer crime cometido por Janot”, explicou.

Em relação ao convite à Pelella, o deputado e também sub-relator Hugo Leal (PSB-RJ) defendeu que não havia necessidade de chamar o procurador. “Não acho prudente, neste momento, trazer outro procurador que esteja na mesma linha (do convite a Janot). Por isso não vejo por que trazer Pelella neste momento”, disse Leal.

Além de Leal, votaram contra o convite a Pelella o deputado Francischini e o senador Randolfe Rodrigues.

O relator da CPMI, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), defendeu os convites para depor. “Parece que a todo momento temos que pedir desculpas por chamar A ou B, sendo que um dos objetivos da CPI é justamente investigar as circunstâncias em que foram celebrados os acordos de delação premiada e de leniência com o grupo JBS”, disse Marun.

Investigação da PGR

Em uma conversa flagrada pelo jornal Folha de S. Paulo, um membro da equipe da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a tendência do órgão é investigar Pelella. A informação foi publicada pelo jornal nesta sexta-feira, 22.

O jornal relata uma conversa do procurador Sidney Pessoa Madruga, que foi escolhido por Dodge para ser coordenador do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe), com uma mulher não identificada no restaurante Taypá, em Brasília.

Segundo a Folha, Madruga questiona o papel de Pelella na negociação da delação da JBS. Ele foi citado por delatores da empresa e esteve em uma reunião com um deles, o advogado Francisco Assis e Silva, dias antes de Joesley Batista encontrar Michel Temer no Palácio do Jaburu.

“Não é para punir, é para esclarecer”, disse Madruga. Ele ainda destacou que é preciso entender “qual é o papel do Pelella nessa história toda, porque está todo mundo perguntando”.Folha de S. Paulo



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