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Projeto da Vale ameaça destruir cavernas pré-históricas em Carajás

Expansão da mineração de ferro em Carajás destruirá peças chave da ocupação humana na região (Reprodução/NYT)

Em Carajás, no Pará, um grupo de cavernas guarda histórias cruciais da ocupação amazônica há mais de 8 mil anos. Porém, essa preciosidade arqueológica está ameaçada pela gigante da mineração, Vale.

A mineradora planeja expandir um dos maiores complexos mineradores de ferro do mundo, em um projeto que prevê a destruição de dezenas de cavernas de valor arqueológico inestimável. Abrigos de rocha, fragmentos de vasos de cerâmica e instrumentos feitos com ametista e quartzo estão entre os artefatos ameaçados, encontrados nas grutas que oferecem pistas sobre os primeiros assentamentos humanos na Amazônia.

As reservas de ferro de Carajás são amplamente exportadas para a China, onde são utilizadas para fabricar aço. A expansão do complexo traria benefícios à desacelerada economia brasileira. Mas, para isso, ao menos 24 grutas tidas como de alta relevância por arqueólogos teriam de ser destruídas.

“Este é um momento crucial para aprendermos sobre a história humana da Amazônia e, por extensão, o povoamento das Américas. Deveríamos preservar esse sítio único para a ciência, mas estamos destruindo-o para que os chineses abram novas fábricas de carros”, afirma o historiador Genival Crescêncio, do Pará.

Segundo a Vale, o projeto de expansão irá gerar 30 mil empregos, o que já atrai milhares de migrantes para a região. Os executivos da Vale afirmam que planejam cumprir a legislação, preservando cavernas em outra parte do Pará para compensar a perda.The New York Times

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